O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta quarta-feira que os ministros do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e da Educação, Abraham Weintraub, radicalizaram demais e perderam a condição de interlocução, fragilizando a posição do governo do presidente Jair Bolsonaro em duas áreas que avalia como fundamentais.
Em evento do banco Credit Suisse em São Paulo, Maia afirmou que o
crescimento econômico pode ser menor que o esperado neste ano por causa
da questão ambiental e que a atuação de Weintraub no MEC manda um sinal
ruim para investidores.
— Eu não sei como o governo vai fazer com o seu ministro do Meio
Ambiente. Acho que, de alguma forma, ele perdeu as condições de ser o
interlocutor. Acho que ele radicalizou demais, não sei se combinado com o
presidente ou não. A mesma coisa com o Ministério da Educação — disse
Maia.
O presidente da Câmara afirmou, ainda, que Weintraub pode desestimular investidores que desejam apostar no Brasil.
— Como é que faz para o investidor olhar que o Brasil tem um ministro
da Educação desse? Então esse país não tem futuro. E parece que tem um
passado ruim, porque conseguiu fazer um cara desse ministro da Educação.
Que construção que nós tivemos — disparou.
Maia disse que tem escutado tanto de investidores quanto de
representantes de Parlamentos estrangeiros com quem tem conversado
preocupação com a questão ambiental no Brasil. Ele, no entanto, centrou
fogo principalmente em Weintraub.
— Ele ainda critica o PT de forma injusta, porque como ele trabalhava
no banco que o Banco do Brasil comprou 49% quando ia quebrar, o
Votorantim, quem garantiu o emprego dele em 2009 foi o PT — ironizou o
presidente da Câmara.
Pense numa detonada seu moço.
O GLOBO
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