A Executiva Nacional do Podemos ratificou, nesta segunda-feira, 6, a
decisão do diretório de São Paulo da legenda, do mês passado, para
expulsar o deputado federal Marco Feliciano (SP) por “infidelidade partidária”. Com a expulsão, o deputado não perde o mandato e pode migrar de sigla.
Feliciano foi expulso pelo diretório paulista no dia 9 de
dezembro, mas a decisão foi avocada pela Executiva Nacional do partido.
De acordo com nota divulgada à época, o diretório estadual não tinha
competência para decidir a questão.
O Podemos, que se declara independente ao governo Bolsonaro, alega
“incompatibilidade política”, porque Feliciano declarou “apoio
irrestrito” ao presidente Jair Bolsonaro. Pastor e membro da bancada evangélica, Feliciano é cotado para compor uma eventual chapa ao lado de Bolsonaro em 2022.
O deputado federal, que também é vice-líder do governo, é um dos
responsáveis pela interlocução do Planalto com o Congresso. Por conta
desta atuação, inclusive, o parlamentar entrou em rota de colisão com o
ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos – Feliciano chegou a ser bloqueado pelo ministro no Whatsapp, mas, tempos depois, a paz foi selada.
Em nota enviada a VEJA, Feliciano afirma que “é motivo de orgulho ser
expulso do Podemos por defender o presidente Bolsonaro, que está mudando
o Brasil para melhor”. No documento, o deputado federal também ataca o
presidente do diretório de São Paulo do Podemos, o vereador Covas Neto, e
o líder do partido no Senado, Alvaro Dias
(PR). Segundo Feliciano, o vereador transformou a sigla “em um
puxadinho do PSDB à serviço da candidatura do sobrinho”, o prefeito de
São Paulo, Bruno Covas. Alvaro Dias, por sua vez, “age como o PT e
aposta no quanto pior melhor”.
Sobre minha expulsão do Podemos, assim me manifesto:
1 – Fui expulso por infidelidade partidária, por fazer campanha
para o presidente Bolsonaro em 2018. Qualquer outro motivo é fakenews.
Basta ler o ato de expulsão.
2 – A Executiva Nacional do Podemos me procurou e externaram que
não queriam minha saída. Inclusive o presidente estadual do PODEMOS,
vereador Covas Neto, foi repreendido pela Executiva Nacional e pediu
afastamento da presidência. Em resposta, disse que não havia mais clima
para minha presença no partido, sendo todo dia atacado ora por Álvaro
Dias, ora por Covas Neto.
Feliciano é a prova do nada seu moço.
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