O MBL (Movimento Brasil Livre) pediu nesta terça (28) a demissão do
ministro da Educação, Abraham Weintraub, em virtude do “lamentável
trabalho” que ele tem feito à frente da pasta.
Em nota, o movimento lista as principais controvérsias em que
Weintraub se viu envolvido nos últimos meses, que culminaram com os problemas na realização do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).
“A presença do ministro Weintraub é incompatível com um governo que,
durante a campanha eleitoral, prometeu um ministério de notáveis”,
afirma o MBL.
O grupo tem forte presença entre jovens, especialmente estudantes
secundaristas e universitários. Surgido em 2014 com uma pauta liberal,
cresceu durante o impeachment da presidente Dilma Rousseff e, no segundo
turno da campanha presidencial de 2018, apoiou a candidatura de Jair
Bolsonaro.
Desde então, contudo, distanciou-se do governo e se tornou um crítico
do presidente, mantendo apoio apenas a pautas pontuais, como a agenda
econômica.
Ao pedir a cabeça do ministro, o movimento direitista amplia o coro
que pede a mudança no comando do ministério, somando-se a vozes de
esquerda e especialistas em educação.
Ao elencar declarações e atos do ministro, o MBL ironiza a alusão ao escritor “Kafta (primo árabe, talvez do tcheco Kafta)” e a declaração sobre suposta existência de plantações de maconha em universidades públicas.
Lembra ainda o xingamento “égua sarnenta e desdentada” feito pelo
ministro à mãe de um seguidor e o erro de ortografia em um texto postado
(imprecionante, em vez de impressionante).
“Infelizmente, a inadequação de Weintraub ao cargo não se resume à
sua intemperança verbal. Ela é mais grave”, afirma o movimento.
“Resta claro que Abraham Weintraub não tem os predicados de um
ministro da Educação”, segue o MBL, dizendo que o ministro não tem
postura, iniciativa e competência.
Nossa.
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