Destituído do cargo nesta terça-feira (28) após usar um jato da FAB (Força
Aérea Brasileira) para uma viagem exclusiva para a Índia, o
secretário-adjunto da Casa Civil da Presidência, Vicente Santini, chegou
ao governo com respaldo da família Bolsonaro por ter amizade desde a
infância com os filhos do presidente Jair Bolsonaro.
Santini assumiu o cargo de secretário-executivo quando o antigo
ocupante do posto, Abraham Weintraub, foi indicado para ser ministro da
Educação, em abril de 2019.
Ele conheceu a família Bolsonaro dos círculos de militares por ser filho de general do Exército.
Desde que entrou para o governo, costumava fazer publicações em redes
sociais com filhos do presidente, como o deputado Eduardo (PSL-SP) e o
senador Flávio (sem partido-RJ), além de trocarem mensagens em tom
elogioso um ao outro.
Formado em direito pela Universidade Católica de Brasília, tem mestrado e doutorado pela UniCeuB.
Foi também da Subchefia de Acompanhamento e Monitoramento, onde acompanhou casos como o desastre de Brumadinho (MG).
Antes de assumir cargo público, era sócio de um escritório de
advocacia em Brasília. Em seu currículo público, disponível em suas
redes sociais, Santini diz ter trabalhado entre 2007 e 2012 no
Ministério da Defesa com assuntos ligados a privatizações e aviação
civil.
Santini usou uma aeronave oficial com apenas três passageiros (ele e
duas assessoras) para voar de Davos (Suíça), onde participava do Fórum
Econômico Mundial, para Déli. Nesta terça-feira (28), ao retornar da
viagem à Índia, Bolsonaro anunciou o afastamento do assessor.
Vicente Santini (agachado, de azul, ao centro) em momento de lazer com
Eduardo e Flávio, filhos do presidente Bolsonaro, em setembro de 2019.
FOLHAPRESS
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