O presidente Jair Bolsonaro não quis comentar as investigações do
MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) contra seu filho, o senador
Flavio Bolsonaro. Em conversa com jornalistas nesta manhã
(19.dez.2019), em frente ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro disse que
falaria somente sobre assuntos que o envolvessem.
“Eu não acho nada, eu respondo por mim”,
afirmou. Ao ser perguntado por que se encontrou com o advogado de
Flavio nesta 4ª feira (18.dez.2019), falou que ele também o representa
no caso de Adélio Bispo.
O presidente negou-se a falar do assunto tão logo saiu do Alvorada, antes mesmo de ser questionado. “O
Brasil é muito maior do que pequenos problemas. Eu falo por mim, os
problemas meus podem perguntar que eu respondo. Os outros, não tenho
nada a ver com isso”.
Em seguida, citou processos contra ele mesmo em que as acusações não foram confirmadas. “Meu
Deus do céu, vamos falar do meu caso, eu respondi por racismo por 3
anos. Vocês todos desceram a pancada em mim. Depois chegou-se à
conclusão de que a fita foi editada”.
Bolsonaro também sugeriu que o caso poderia ser armado pelo presidente do Rio, Wilson Witzel, para prejudicá-lo. “Vocês
sabem o caso do Witzel, foi amplamente divulgado, a inteligência
levantou. Já foi gravada uma conversa entre 2 marginais citando meu nome
para dizer que eu sou miliciano. (Foi) armado”, disse.
Nesta 4ª feira, o MP-RJ cumpriu 24 mandados de busca e apreensão
em endereços de ex-assessores do senador Flávio Bolsonaro (sem
partido-RJ) tanto na capital como em Resende, no Sul do Estado do Rio. A
operação é 1 desdobramento da investigação sobre lavagem de dinheiro e
peculato (desvio de dinheiro público) no âmbito do antigo gabinete de
Flávio, quando era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio
(2003 a 2019).
Fundo eleitoral
Bolsonaro voltou a falar
que deve vetar o fundo eleitoral de R$ 2 bilhões aprovado pelo
Congresso. Segundo ele, o governo foi obrigado por lei a enviar a
proposta, mas se o veto for permitido, o fará. “Havendo brecha para vetar, eu não vou fazer isso. Eu não vejo como justo recurso para fazer campanha”, disse.
“O
dinheiro vai pra quem? É para manter no poder quem já está,
dificilmente vai para o jovem candidato, o povo fala em renovação. Tem
que ter igualdade, a campanha tem que estar numa condição de igualdade”, continuou.
O
presidente negou que essa decisão seja “maldade” contra o Congresso e
disse que a sua posição sempre foi a de não haver dinheiro público
custeando campanhas.
Outros temas
Bolsonaro
também afirmou que deve enviar ao Congresso no próximo ano 1 projeto de
lei sobre a exploração de terras indígenas. Ele citou mineração,
agricultura e criação de animais. “Vai ser tudo em 1 projeto só, a ideia é abrir. Não teve a Lei Áurea? Então, vamos dar 1 nome, é a Lei Áurea para o índio”, disse.
O
presidente também falou do indulto natalino. Ele disse que o texto já
está pronto e que já conversou rapidamente com o ministro Sergio Moro
(Justiça e Segurança Pública) sobre o assunto. O benefício deve ser dado
a policiais militares.
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Assista ao vídeo da entrevista completa:
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