Relatório do Ministério Público estadual afirma que o senador Flávio
Bolsonaro (sem partido-RJ) depositou R$ 638.400 em dinheiro vivo na
conta de um corretor e assim ocultou o ganho ilícito com as chamadas
“rachadinhas”.
De acordo com as investigações, os depósitos aconteceram em 27 de
novembro de 2012 e tratam da compra de dois apartamentos em Copacabana,
na Zona Sul do Rio.
Os imóveis pertenciam a investidores americanos. Um deles localizado na Avenida Prado Junior. Outro na rua Barata Ribeiro.
Enquanto a valorização imobiliária na região não ultrapassou 11%,
Flavio Bolsonaro declarou um lucro de 292% na venda dos apartamentos em
fevereiro de 2014.
O relatório do MP faz parte do pedido de busca e apreensão realizada,
na quarta-feira (18), contra 24 alvos. Entre os alvos estavam Queiroz,
parentes dele e de Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher do presidente
Jair Bolsionaro.
Lavagem de dinheiro
As atenções do MP começaram a se voltar para os apartamentos a partir
da declaração feita pelo senador de venda dos dois imóveis em pouco
mais de um ano.
A suspeita do MP é que o senador e sua mulher, Fernanda, declararam
um preço menor do que o imóvel valia no momento do registro de sua
compra.
Dessa forma, o procurador, o americano Glenn Dillard, receberia um
dinheiro “por fora” para os pagamentos de valores não declarados nas
escrituras.
Para o MP, ao usar o valor em espécie o senador ocultaria parte do
dinheiro sacado por seus assessores. Ao mesmo tempo, o procurador
receberia os recursos sem fazer os repasses aos proprietários dos
imóveis vendidos.
Oficialmente, no dia da compra, o senador depositou, em cheque, o
valor correspondente a R$ 310 mil pela compra dos dois apartamentos.
No mesmo dia em que foram assinadas as escrituras de compra e venda
dos dois apartamentos e depositados os cheques de pagamento, a conta de
Glenn Dillard recebeu depósitos em dinheiro das contas do parlamentar e
de sua mulher.
PM pagou prestação de outro apartamento
Um policial militar do Rio de Janeiro pagou uma prestação de compra
de um apartamento feita pelo senador Flávio Bolsonaro e por sua mulher,
Fernanda Antunes Nantes Bolsonaro, de acordo com investigações do Grupo
de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (GAECC) do Ministério
Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ).
Segundo o documento, Diego Sodré de Castro Ambrósio quitou um boleto
no valor de R$ 16.564,81, emitido no nome de Fernanda, em outubro de
2016. O pagamento serviria para ajudar a pagar um apartamento comprado
em Laranjeiras, bairro da Zona Sul do Rio de Janeiro.
O endereço do policial foi um dos locais que o MP-RJ pediu busca e
apreensão por causa de movimentações financeiras suspeitas. Uma operação
aconteceu na última quarta-feira (18).
Flávio na pauta...
G1
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