Com temperaturas máximas até três graus Celsius acima da média para o
mês de outubro, os norte-rio-grandenses devem enfrentar um verão mais
quente do que em 2018, apesar da expectativa de chuvas dentro da média
para o período. De acordo com o professor Cristiano Prestrelo, do
departamento de meteorologia da Universidade Federal do Rio Grande do
Norte (UFRN), o aumento na média das temperaturas máximas é uma
tendência que vem sendo observada em todo Nordeste.
“Temos observado essas variações não apenas em termos de ano, como
mês a mês. Ter anos subsequentes cada vez mais quentes em relação a
médias climatológicas anteriores vem sendo uma constante”, explica o
professor, especialista em variabilidade climática.
Em um estudo publicado no dia 18 de novembro pelo Centro Nacional de
Informações Climáticas dos Estados Unidos (NOAA Global), os
pesquisadores constataram que a média de temperatura da terra e da
superfície dos oceanos foi a mais alta registrada para o mês de outubro
desde o ano de 1880.
Até aquele mês, a temperatura do ano de 2019 bateu o recorde como a
segunda mais quente na história. A maior parte do Brasil, incluindo a
região Nordeste, está em uma das áreas do estudo que aponta temperaturas
“muito mais quentes do que a média”.
De acordo com o professor, o aumento da temperatura média do planeta,
na prática, significa no aumento dos “extremos” tanto em regiões
quentes, como em regiões frias. “Para o Nordeste, por exemplo, nós
podemos começar a observar o aumento dos períodos de seca, que são
fenômenos extremos”, explica o professor.
Ufa seu moço...
TRIBUNA DO NORTE
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