Em meio ao carnaval vermelho e preto que teve início logo após a
entrega da taça aos campeões brasileiros, o técnico Jorge Jesus, do
Flamengo, teve de lidar com um cenário que talvez não faça parte de sua
história recheada por títulos em Portugal.
Assim que o protocolo de cerimônia da CBF foi cumprido, os portões de
acesso ao gramado foram abertos e deram início a uma verdadeira invasão
no campo. Artistas como Dudu Nobre, políticos como o vereador carioca
Felipe Michel, e centenas de amigos e familiares de jogadores, além de
um sem número de penetras, entraram no gramado e dividiram espaço com os
verdadeiros protagonistas. O “Mister” não gostou.
O primeiro sinal de descontentamento do português foi com as muitas
pausas dos jogadores para poses aos fotógrafos. Impaciente, o treinador
pedia que os torcedores fossem brindados com aquele momento de alegria.
Enquanto Rodrigo Caio tentava se desvencilhar de um batalhão de pessoas,
o comandante chamava o zagueiro e apontava para a arquibancada:
“É para lá. Vamos logo, vamos logo”.
Já com os jogadores no meio da volta olímpica, Jesus foi muito
abordado para fotos. Tirou algumas, mas ele queria comemorar. Na lateral
do campo, parou para atender uma televisão de Portugal, mas não quis
dar entrevistas exclusivas para os veículos locais. Para justificar a
“preferência”, disse que já falaria com todos na coletiva.
Quando se dirigia ao setor Norte, a aglomeração aumentou e causou um
pequeno imprevisto. Ao ter seu calcanhar pisado, Jesus perdeu um pé do
seu tênis e teve de voltar para calçá-lo. Já devidamente uniformizado,
tentou voltar para a celebração com a taça, que passava de mãos em mãos
entre os jogadores. Meio perdido entre tanta gente, Arrascaeta dizia que
ainda não tinha conseguido sequer segurar o troféu.
Quando chegou no túnel que liga o gramado ao vestiário, Jesus
sucumbiu e entrou. Entre trancos e barrancos, poucos estavam mais
felizes do que ele.
Assédio incomoda
Não foi apenas o treinador rubro-negro que se cansou um pouco dos
pedidos de camisa, fotos e tudo o mais. Já um pouco sem paciência para
entrevistas e outros pedidos, os jogadores queriam relaxar. Gabigol, por
exemplo, rechaçou algumas abordagens. Rodrigo Caio também pediu
gentilmente a uma emissora que esperasse que ele tirasse fotos com a
família antes de dar uma entrevista.
Revezamento para foto
Quando a situação já estava mais controlada, os rubro-negros tentaram
eternizar o momento com as pessoas mais próximas. Perto de uma das
balizas, os jogadores se revezavam para posar para fotos com amigos,
familiares e o troféu do Brasileiro.
Nossa.
UOL
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