O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, disse em entrevista ao jornal argentino Clarín
que espera que o habeas corpus sobre a imparcialidade do ex-juiz Sérgio
Moro, apresentado pela defesa do ex-presidente Lula, seja julgado ainda
este ano pelo STF.
Ao ser questionado sobre a gravidade dessa
questão para o ministro da Justiça, Gilmar Mendes afirma que o próprio
Moro se colocou nessa posição. “Quem foi colocado em questão foi o
próprio Ministro da Justiça, quando decidiu deixar o cargo de juiz e
assumir uma função governamental que servia a um governo que derrotou as
forças da oposição e é beneficiário, de alguma forma, de suas
decisões”, respondeu.
“Ele é um juiz que até ontem foi juiz, determinou a prisão do
principal candidato a presidente da República e depois aceita o cargo de
seu adversário”, continuou.
O ministro também foi questionado
sobre seu voto contra a prisão em segunda instância, o que ajudou a
colocar o ex-presidente Lula em liberdade. O repórter então pergunta se
tal decisão não enfraquece o combate a corrupção. “Não vejo necessidade
de usar mecanismos extravagantes para combater a corrupção. Temos que
estar dentro dos parâmetros do estado de direito”, afirma o ministro.
“O
uso de prisão preventiva para obter uma queixa para mim é um absurdo.
Eu vejo isso com muita preocupação. Por que não então torturar? Isso
deve ser devidamente esclarecido. O Brasil tomou grandes ações contra a
corrupção e isso não é graças ao juiz Moro”, assegura Gilmar Mendes.
No fundo é verdade o que o Mendes falou seu moço.
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