O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) moveu uma Ação Civil
Pública (ACP) de improbidade administrativa contra o município de
Mossoró, a prefeita Rosalba Ciarlini Rosado, e os secretários municipais
de Administração, de Finanças e da Fazenda, Pedro Almeida Duarte,
Erbênia Maria de Oliveira Rosado e Abraão Padilha de Brito,
respectivamente.
A 19ª Promotoria de Justiça da cidade de Mossoró pede a condenação dos
demandados por ato de improbidade administrativa em face da apropriação
indevida dos valores descontados nos contracheques dos servidores
públicos a título de empréstimos consignados. Segundo levantamento, até o
momento, o valor devido pelo Município às instituições financeiras
(Banco Olé Bonsucesso e Caixa Econômica Federal), totaliza R$
7.941.539,73, relativos aos descontos efetuados por averbação de
consignação em folha de pagamentos, oriundos de empréstimos consignados,
contratados por servidores públicos junto às instituições financeiras
conveniadas, os quais deveriam, obrigatoriamente, ser a elas repassados
mensalmente, por força de convênio de mútua cooperação, no entanto,
foram utilizados em despesas diversas.
A quantia é referente ao período de 2017 a novembro de 2019, referente
aos valores das parcelas descontadas dos contracheques dos servidores
não repassados à Caixa Econômica Federal e ao Banco Olé Bonsucesso, além
do débito de acordo de parcelamento realizado em 13 de setembro de 2017
com a Caixa Econômica Federal. A ação civil pública foi ajuizada
perante a 1ª Vara da Fazenda Pública de Mossoró.
O MPRN requereu, além do reconhecimento de ato de improbidade praticado
pelos demandados, a obrigação de efetuar os repasses mensais do total
dos descontos realizados nos contracheques dos servidores, o cumprimento
dos parcelamentos existentes, além da indisponibilidade dos bens dos
investigados, correspondente aos valores decorrentes da atualização
monetária que o município já teve que pagar aos referidos bancos em
decorrência dos atrasos, no valor de, pelo menos, R$ 634.502,40.
Esse tipo de prática, além de afetar diretamente o crédito dos
servidores públicos, macula a imagem do Município, que passa a ser um
ente federativo sem credibilidade, fechando as portas para eventuais
negócios lícitos com as instituições financeiras, violando a lealdade
institucional.
Clique aqui e leia a íntegra da ação.
Rosa na pauta.
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