Ex-braço direito de Jair Bolsonaro, Gustavo Bebianno, hoje no PSDB,
gravou um vídeo para rebater a versão de que teria produzido um dossiê
para impedir que o deputado Luís Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP)
fosse vice-presidente. O ex-ministro afirma, na gravação, que Bolsonaro
recebeu papéis contra “o príncipe” de “um delegado federal e um coronel
do Exército”.
O relato sobre o recebimento do dossiê teria sido feito, segundo
Bebianno, pelo próprio Bolsonaro, na véspera da indicação de seu vice,
por telefone, às 4h30 da manhã.
Ele desafiou o presidente a contraditar sua versão e disse que ambos poderiam se submeter a um detector de mentiras.
O ex-ministro contou ter recebido um telefonema de Bolsonaro em sua
casa, de madrugada, e aponta o deputado Julian Lemos (PSL-PB) como
testemunha. Segundo Bebianno, Bolsonaro disse ter recebido um dossiê
contra “o príncipe” que teria imagens do hoje deputado em “suruba gay”,
“baile de máscaras gays” e relatos de envolvimento com gangues de rua
que “agridem mendigos”.
Bebianno disse ter considerado o relato surreal, mas afirmou que, no
dia seguinte ao telefone, Bolsonaro descartou “o príncipe”como vice e
escolheu o general Hamilton Mourão.
No vídeo, o ex-ministro diz ainda que Carlos Bolsonaro intermediou
uma conversa com Luís Philippe e confirmou que ele não era o autor do
tal dossiê.
O assunto veio à tona nesta quarta (13), após a colunista Mônica
Bergamo relevar diálogo no qual o presidente atribuiu a autoria dos
papéis a Bebianno diante de deputados do PSL.
O ex-ministro diz que dessa vez “não vai deixar barato” a informação, segundo ele falsa, preparada por Bolsonaro.
Pense numa "zona" seu moço.
PAINEL / FOLHA
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