O deputado Eduardo Bolsonaro, filho “03” do presidente Jair Bolsonaro e candidato a embaixador do
Brasil em Washington (EUA), postou nesta quinta-feira, 26, nas redes
sociais, uma foto em que faz gesto de arma enquanto posa junto a
escultura desarmamentista da entrada das Organizações das Nações Unidas
(ONU), em Nova York. O monumento é uma versão de obra feita em homenagem
a John Lennon. Ao defender sua imagem em novo post nesta sexta, 27, o
deputado indaga: “O que aconteceria se John Lennon estivesse armado?”.
O monumento, chamado de Non-Violence (“sem violência”, em inglês),
retrata um revólver com o cano amarrado. A escultura do artista sueco
Carl Fredrik Reuterswärd foi produzida a pedido de Yoko Ono, viúva de John Lennon,
depois do assassinato a tiros do músico, que era um ativista pela paz. A
obra foi inicialmente colocada no Central Park, em frente de onde o
casal morava. Em 1988, uma versão da escultura foi instalada na ONU.
“As operações de paz da ONU acertadamente usam armas. Mas na entrada
do prédio da ONU em NY fica essa escultura desarmamentista. Como todo
bom desarmamentista eis a máxima ‘armas para mim, desarmamento para os
outros'”, escreveu Eduardo em seu primeiro post sobre o assunto. Ele
quer ser indicado pelo pai para virar embaixador nos EUA, mas precisa do
voto favorável de ao menos 41 dos 81 senadores.
Depois da repercussão, o deputado voltou ao Facebook para defender
seu ponto de vista. Ele argumenta que o monumento ignora o “uso
defensivo das armas de fogo”. “A escultura desarmamentista na entrada da
ONU serve para depreciar o papel fundamental das armas na garantia da
segurança, das liberdades e da paz”, escreveu.
“O que aconteceria se John Lennon estivesse armado? Que tal botar na
entrada da ONU os fuzis usados pelos founding fathers (pais fundadores
dos EUA)?”, sugere o filho do presidente Brasileiro. Eduardo argumenta
que o assassinato de Lennon é usado para silenciar quem é a favor do uso
de armas para “legítima defesa”.
Por fim, Eduardo conclui seu post pedindo que “ao menos” se coloque
“na entrada da ONU as mãos do assassino de John Lennon, pois o revólver
não atirou sozinho”.
Eduardo Bolsonaro.
ESTADÃO CONTEÚDO
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