O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF),
autorizou um mandado de busca e apreensão na casa e no escritório do
ex-procurador Geral da República Rodrigo Janot. A Polícia Federal foi
aos dois endereços em Brasília pouco antes das 18h. Os 10 agentes da PF
que foram à casa de Janot apreenderam uma pistola, três pentes, seis
caixas com munição, celular e o tablet do hoje advogado.
Na decisão, Moraes determinou que Janot seja proibido de se aproximar
a menos de 200 metros de qualquer um dos ministros do STF e seja
impedido de ingressar nas dependências da Corte. Determina também que
sejam suspensos imediatamente todos os portes de armas no nome do
ex-PGR. Leia a íntegra da decisão abaixo.
Janot foi perguntado se queria prestar algum esclarecimento. Ele
seria levado para a sede da PF para tanto, mas como não quis, deve ser
marcada uma data posterior para a oitiva.
Ao JOTA, disse estranhar a decisão do STF: “Não vejo
vinculação entre o objetivo do inquérito e as medidas agora adotadas e
não detenho mais prerrogativa de foro para ser investigado pelo
Supremo”. E prosseguiu: “É um inquérito anômalo, para investigar fake
news. A imputação é ofender a integridade corporal ou a saúde das
autoridades mencionadas. O fato narrado no livro e nas entrevistas,
ocorrido há cerca de dois anos e meio, não constitui crime , muito menos
notícias fraudulentas”.
Mais cedo o ministro Gilmar Mendes havia enviado ofício a Alexandre
de Moraes, relator do inquérito 4781, que investiga ameaças feitas aos
integrantes da Corte, requerendo a adoção de medidas de segurança. O
inquérito corre em segredo de Justiça desde que foi instaurado pelo
presidente Dias Toffoli.
Gilmar e Janot.
JOTA
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