Na última terça (20), após um atirador de elite matar o sequestrador
que mantivera 39 reféns — com arma de brinquedo — por três horas e meia
em um ônibus na ponte Rio-Niterói, o governador do Rio, Wilson Witzel
desembarcou de um helicóptero no meio da via e saiu vibrando para as
câmeras que ali estavam como se comemorasse um gol. “Projeção mundial”,
celebrou naquela noite com ÉPOCA, satisfeito com seu desempenho diante
da imprensa: “Minha entrevista hoje certamente foi a melhor de todas”.
Aos 51 anos, o ex-fuzileiro naval e ex-juiz trabalha como
garoto-propaganda sem pudores da política de segurança em vigor desde
janeiro. Em quase oito meses, abusa das frases truculentas tanto quanto a
polícia que comanda abusa da força. O número de civis mortos em
operações policiais aumentou em todo o estado 15% em relação ao ano
passado.
“A sociedade ainda não entendeu que estamos numa guerra contra o
terrorismo”, disse ele, em entrevista à ÉPOCA.”A polícia tem de chegar
para prender, se não houver rendição, tem de eliminar, tem de matar”.
Ele defende inclusive ataques em sobrevoos a favelas: “O helicóptero é o terror dos narcoterroristas”.
Witzel não diz que quer ser presidente. Afirma que será presidente,
com a mesma certeza com que falava que seria governador quando ainda era
traço nas pesquisas, relatam ao menos seis pessoas próximas ouvidas por
ÉPOCA, entre políticos e colegas do meio jurídico.
Ele já antecipa até críticas a João Doria, apontado como outro
potencial candidato:. “Fui eleito com um discurso duro pela segurança. E
o Doria já está mudando. Na cabeça dele, quer ir para o centro. Ele
está querendo ser mais moderado. Eu não!”, diz.
A reportagem completa está na edição desta semana da revista ÉPOCA.
Governador na pauta...
Globo, via Época
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