O Governo do RN lançou, nesta quinta-feira (8), o Microcrédito do Empreendedor Pró-Cultura,
nova linha de crédito disponibilizada pela Agência de Fomento do Rio
Grande do Norte (AGN), que oferecerá, inicialmente, R$ 1 milhão como
apoio financeiro a projetos da cadeia produtiva do setor.
“Esta é mais uma ação que mostra o esforço que
estamos tendo em promover a cultura e o artesanato, sobretudo, neste
momento de crise que traz uma série de restrições orçamentárias e limita
a capacidade do Estado de investir. É assim que deve agir um governo
que tem compromisso e sensibilidade: o Governo está disponibilizando R$ 1
milhão a juros zero e sem tantas burocracias para que os artistas
possam fortalecer suas atividades bem como a cadeia produtiva da cultura
e do artesanato”, destacou a governadora Fátima Bezerra na solenidade
de lançamento, realizada na governadoria com gestores da Fundação José
Augusto (FJA) e da AGN.
O Pró-Cultura é destinado a microempreendedores
individuais (MEIs) e Micro e Pequenas Empresas (MPE’s) que desenvolvam
suas atividades no RN. Nos financiamentos concedidos, são financiáveis o
capital de giro e investimentos que visem à implantação ou ampliação de
negócios, como aquisições de equipamentos, de matéria prima ou locação
de estúdios. Serão concedidos créditos de até R$ 10 mil com custo zero
para os beneficiários que pagarem as parcelas em dia e, em caso de
atraso, os juros serão de 1,5% para investimento e 1,7% para capital de
giro. Os recursos podem ser adquiridos a partir da garantia oferecida
com o aval de terceiros ou o aval solidário.
Presente no
lançamento, dona Maria do Carmo Porfírio, 63 anos de idade, produz há 40
anos artesanato em cerâmica, arte que atravessa gerações na família.
Ela explicou que trabalha no município de São José de Mipibu junto com
duas filhas em um ateliê simples, apenas com um torno, sendo todo
trabalho feito de forma manual. “Vamos solicitar o crédito para aplicar
na compra de uma máquina que passe o barro, pois eu estou sem trabalhar
por conta do esforço que faz no braço. Preciso de uma máquina para poder
dar produção do barro e eu tenho certeza que com ela vou fazer muita
coisa e ter mais renda. Há muito tempo que estou atrás de uma máquina
dessa e agora vou conseguir, se Deus quiser”, alegrou-se.
“Esta era uma reivindicação que já tínhamos
levado à Caixa Econômica e ao Banco do Nordeste, por exemplo, e não
tivemos sucesso, mas agora a AGN vai fazer acontecer”, disse o diretor
da FJA, Crispiniano Neto. “As pessoas não olham para os artistas como
empreendedores, mas elas precisam de máquinas, violão, um computador
para trabalhar. Essa iniciativa é uma grande vitória que está sendo
registrada hoje”, completou.
“Estamos atendendo a demanda do que chamamos de
economia criativa, que envolve não somente os artistas, mas os artesãos
também. A cultura movimenta nosso PIB, e é por meio dela que vamos
movimentar a economia local de todos os municípios do RN”, acrescentou
Márcia Maia, diretora presidente da AGN.
Recado dado.
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