O deputado estadual, George Soares (PL), usou a
tribuna da Assembleia Legislativa para esclarecer as várias fases da
discussão que considera desnecessária em torno da operação do núcleo de
trânsito do município do Assú. Ao reproduzir o áudio que fez para a
Rádio Princesa do Vale, ele disse que foi vítima de uma ação midiática
contra a imagem dele. “Mas me mantive em silêncio. Agora quero dizer que
as ações do Núcleo de Trânsito não têm meu respaldo. Nem é pedido meu. É
uma ação articulada para macular a minha imagem. O Núcleo de Trânsito
do Assú não tem combatido o crime organizado, mas amedronta o cidadão de
bem ao apreender motocicletas, quando em outras regiões a lei aprovada
recentemente na Assembleia e aprovada pela governadora normatizou estes
encaminhamentos”, disse o deputado em áudio, reproduzido na sessão desta
quarta-feira (21).
George Soares acrescentou que criticou a operação e que iria apurar a
atividade do Núcleo de Trânsito da polícia rodoviária estadual da
cidade do Assú. “Jamais disse que iria perseguir ou solicitar a
transferência de policiais”, disse o deputado ao rebater nota da
Associação dos Oficiais Militares do RN que o acusou de perseguição
política.
“A nota me chamou do coronel, que estava promovendo perseguição à
polícia do governo do Estado e que estava sendo intransigente com o
profissional competente, ético e correto”, disse George Soares ao narrar
trecho da nota do Clube dos Oficiais. Ao contrário, o deputado disse
que é um incentivador do sistema de segurança do Estado. “Ao ponto em
que tenho emendas voltadas para o setor, busquei recursos para o
Hospital da PM junto ao Governo Federal. Fiz e faço mil vezes por ser
representante do povo e defensor da minha região”, pontuou o deputado
salientando que o terreno onde está instalada a Polícia Militar em Assú
foi doação da família dele. “Cabe agora uma retratação da Associação dos
Oficiais Militares do RN em nome da verdade”, disse.
Em aparte, o deputado Raimundo
Fernandes (PSDB), reforçou que foi aprovada lei para que os donos de
motocicletas regularizem seus débitos e não cabe a fiscalização nas
estradas do interior. “Não se deve apreender as motos sem que seja
esgotado o prazo para a regularização”, disse o deputado, ao mesmo tempo
em que conclamou o cidadão de bem para que regularize a documentação de
seus veículos.
George Soares salientou que tentaram macular a imagem dele. “Mas
áudios de oficiais da PM que chegaram aos grupos de whatsapp
demonstrando ações exageradas nas estradas do interior demonstram que
não foi um ato governamental, nem meu”, esclareceu o deputado lamentando
o uso político das apreensões que agora tem se tornado um problema
socioeconômico.
O deputado estadual Ubaldo Fernandes (PL), elogiou o pronunciamento
do deputado George Soares. “Os áudios demonstram que há uma competição
entre os militares para saber quem apreende mais motos no interior do
Estado”, reforçou Ubaldo Fernandes.
A deputada Isolda Dantas (PT) disse que recebeu áudios e vídeos que
lhe causaram estranheza. “A fiscalização tem que existir. Mas os abusos
têm que ser combatidos. O servidor público tem que atender bem. Não há
razão para abuso de autoridade, muito menos por parte da Polícia
Militar, instituição que todos respeitamos e que deve ser um exemplo”,
disse a deputada.
O deputado George Soares explicou que um grupo de trabalho está sendo
criado no âmbito do Poder Executivo para propor mudança na blitz para
ação educativa, revisão das multas, revisão das apreensões e para que
servidores com salários atrasados tenham condição de fazer um encontro
de contas com o Governo do Estado. Ao final o deputado Dr. Bernardo
(AVANTE), lamentou que este tema tenha chegado a este ponto e tomado
espaço para grandes debates na Casa Legislativa. “Mas esta Casa não
poderia se calar diante das aberrações que estavam ocorrendo no interior
do Estado”, disse.
George na pauta.
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