O governador Wilson Witzel disse nesta segunda-feira lamentar pela
tragédia de domingo na Lagoa Rodrigo de Freitas, Zona Sul, onde duas
pessoas morreram e cinco ficaram feridas, após o surto de um morador de
rua utilizando uma faca. Witzel elogiou a ação da Polícia Militar e
disse que teria “dado um tiro na cabeça”, se fosse o agente de
segurança. Ele também prestou solidariedade aos familiares das vítimas.
— Toda ação militar está sujeita a erros. Existe a teoria e na
prática pode não funcionar. Se eu estivesse no lugar do policial teria
dado um tiro na cabeça dele, para evitar imediatamente. O agente foi
melhor do que eu imaginava, atirando para neutralizar. Parabéns a
polícia militar, foi uma ação muito profissional, minimizando ao máximo o
número de vítimas. Qualquer tipo de equívoco vamos corrigir – comenta o
governador.
O governador comentou também sobre a arma de choque não ter surtido
efeito. Witzel justificou que a carga elétrica é controlada para evitar a
parada cardíaca.
— Tentaram imobilizar com o taser. Já vi policial americano ter a
inefetividade de mais de um taser. Vamos avaliar o problema do
equipamento. Evidentemente o uso de armas de fogo não é o recomendado em
uma localidade com muitas pessoas ao redor — comentou.
Os policiais do BPTur foram os primeiros a chegar ao local, acionados
por pedestres logo após o primeiro ataque. Os agentes tentaram
imobilizar o criminoso com uma pistola “taser”, de choques elétricos. No
entanto, o armamento não foi suficiente para parar o homem. Em seguida,
agentes do 19º BPM (Copacabana) e do 23º BPM (Leblon) também chegaram.
Ao todo, havia três viaturas paradas próximas ao local no momento em que
João Feliz era socorrido e Marcelo Henrique, o personal trainer, foi
atacado.
Câmeras de segurança flagraram o esfaqueador, Placido Corrêa de
Moura, em ação. Witzel prometeu que o programa Segurança Presente
retirará todos objetos cortantes que os moradores de rua possam ter.
Atualmente, equipes de assistentes sociais já realizam assistência nos
bairros com a operação.
— Não é necessário que tenham uma faca, para alimentação também há
outras alternativas que não sejam com um objeto cortante. A atribuição
de cuidar dos moradores de rua é municipal, mas iremos auxiliar. É
necessário – afirma Witzel.
Boca de fogo seu moço.
O Globo
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