“É um fato gravissímo”, classificou o jurista Miguel Reale Jr. sobre as
declarações do presidente Jair Bolsonaro, que disse saber como o
desaparecido Fernando Santa Cruz – pai do presidente da OAB, Felipe
Santa Cruz -, foi assassinado.
Durante participação no programa “Esfera Pública”, da Rádio Guaíba,
do Rio Grande do Sul, Reale disse que o caso do presidente Bolsonaro é
de interdição, não de impeachment.
“Estamos realmente num quadro de insanidade, das mais absolutas. Não é
mais caso de impeachment, mas caso de interdição”, defendeu o jurista,
que foi um dos autores do pedido de impeachment da presidenta Dilma.
“Eu, há mais de ano, dizia que quem fosse democrata não deveria votar
em Bolsonaro”, afirmou o jurista, que lembrou do discuso feito por
Bolsonaro, como deputado, na votação do impeachment da presidente Dilma,
em que homenageou Carlos Brilhante Ustra, torturador do regime de 1964.
“Hoje o presidente da República se sentiu no direito de ofender a
todos nós, não só os advogados, mas todos que prezam pelos direitos
humanos, provocando o presidente eda OAB”, repeliu ele, manifestando
solidariedade ao presidente da OAB.
Reale Junior com toda razão seu moço.
Brasil 247
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