O ministro das Relações Exteriores brasileiro, Ernesto Araújo,
confirmou nesta sexta-feira (26) que o Brasil já enviou para o governo
dos Estados Unidos a consulta para a indicação do deputado federal
Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) como embaixador no país norte
norte-americano. Na diplomacia, essa consulta é chamada de agrément.
“Foi pedido o agrément e esperamos a resposta americana. É uma coisa
que ocorre de acordo com a praxe diplomática, por seus canais próprios.
Eu tenho a minha grande certeza de que será concedido esse agrément pelo
governo americano e que o Eduardo Bolsonaro será um ótimo embaixador”,
disse Araújo.
A confirmação de Araújo foi feita durante a entrevista coletiva que o
chanceler concedeu após a reunião de ministros das relações exteriores
dos Brics, bloco de países formado por Brasil, Rússia, Índia, China e
África do Sul, que aconteceu na manhã desta sexta (26) no Palácio do
Itamaraty no Rio de Janeiro.
Após a etapa de concessão do agrément pelo governo dos Estados
Unidos, o nome do embaixador ainda precisa ser aprovado pelo Senado
brasileiro.
No início do mês, após reunião com Ernesto Araújo, o próprio Eduardo
Bolsonaro defendeu sua indicação e disse ter requisitos para ocupar o
cargo mais importante da diplomacia brasileira: “Sou presidente da
Comissão de Relações Exteriores [da Câmara]. Já fiz intercâmbio, já
fritei hambúrguer lá nos EUA, no frio do Maine, estado que faz divisa
com o Canadá. No frio do Colorado, numa montanha lá, aprimorei o meu
inglês. Vi como é o trato receptivo do norte-americano para com os
brasileiros. Então acho que é um trabalho que pode ser desenvolvido.
Certamente precisaria contar com a ajuda dos colegas do Itamaraty, dos
diplomatas, porque vai ser um desafio grande. Mas tem tudo para dar
certo.”
Amigo da família Trump
No dia 18 de julho, na cerimônia que marcou os 200 dias de governo, o
presidente Jair Bolsonaro comentou sobre a eventual indicação de seu
filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), para o cargo de
embaixador do Brasil nos Estados Unidos. Descrevendo a trajetória do
filho, o presidente ressaltou sua proximidade com a família do
presidente norte-americano, Donald Trump.
“O trabalho de quem é embaixador é ser cartão-de-visitas. Imagine se o
Macri [presidente da Argentina] tivesse um filho embaixador aqui. Eu
atenderia agora ou pediria ao ajudante-de-ordens para marcar um data
futura?”, disse. O presidente ainda lembrou da participação do filho na
reunião privada que ele e Trump mantiveram em Washington, em março,
quando Bolsonaro realizou uma visita oficial ao país.
Bolsonaro disse ter certeza que Eduardo será aprovado na sabatina
para o cargo de embaixador, que é realizada pelos senadores, e disse que
seria mais fácil nomear o filho como ministro das Relações Exteriores,
que dependeria só dele, mas que esse não é o seu objetivo.
Para ser investido ao cargo de embaixador, o indicado pelo presidente
passa por uma sabatina, seguida de votação na Comissão de Relações
Exteriores do Senado, que depois aprova ou rejeita a indicação por
maioria simples. O processo segue, então, para o plenário do Senado, que
toma a decisão final.
É brincadeira seu moço.
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