Os Estados Unidos confirmaram o
favoritismo neste domingo e derrotaram a Holanda por 2 a 0, em Lyon, no
Mundial Feminino da França. O resultado garantiu à equipe
norte-americana o inédito tetracampeonato na competição. Os dois gols do
título saíram no segundo tempo. Rapinoe, de pênalti, após intervenção
do árbitro de vídeo (VAR), e Lavelle marcaram os gols.
As americanas encerram a Copa do Mundo vencendo os sete jogos que
disputaram: Tailândia (13 x 0), Chile (3 x 0), Suécia (2 x 0), Espanha
(2 x 1), França (2 x 1), Inglaterra (2 x 1) e Holanda (2 x 0).
O quarto título ratifica a hegemonia americana no futebol feminino.
Campeões em 1991, 1999, 2015 e, agora em 2019, os EUA ainda acumulam um
vice-campeonato (2011), e três terceiros lugares (1995, 2003 e 2007). Ou
seja, desde que a modalidade feminina passou a ser disputada, o pior
resultado americano nas oito edições foi a medalha de bronze.
Atual campeã da Eurocopa, a Holanda disputou apenas o seu segundo
Mundial. Em 2015, no Canadá, o país acabou eliminado pelo Japão, nas
oitavas de final.
O jogo
Os EUA dominaram o primeiro tempo. Com um jogo agressivo e em busca
da vantagem no placar desde o começo da final, transformaram a goleira
holandesa Van Veenendaal na principal jogadora em campo, com, pelo
menos, quatro defesas importantes.
Preocupadas em não sofrer o gol logo nos primeiros minutos da final,
as holandesas optaram por uma postura defensiva, cautelosa, deram a
posse de bola às americanas e focaram em preencher os espaços no setor
defensivo.
O primeiro grande lance da etapa inicial aconteceu aos 27 minutos. A
volante Ertz chutou forte e obrigou Van Veenendaal a praticar uma
difícil intervenção.
Dez minutos depois, a goleira holandesa faria outras duas boas
defesas, após finalizações de Mewis e Morgan. Em seguida, novamente
Morgan acertou outro belo chute da entrada da área e Veenendaal se
esticou no canto esquerdo para evitar o gol.
No início do segundo tempo, com a intervenção do árbitro de vídeo, os
EUA abriram o placar. Aos 12 minutos, Van der Gragt derrubou Morgan
dentro da área. A árbitra de campo, Stephanie Frappart (França), que
havia marcado apenas escanteio, foi chamada pelo VAR para analisar a
imagem na lateral do gramado. Após análise no monitor, marcou pênalti
para a seleção americana. Na cobrança, Rapinoe abriu o placar da final.
Em desvantagem, a Holanda deixou a postura defensiva de lado, foi em
busca do empate e, no contra-ataque, levou o segundo gol. Aos 23
minutos, Lavelle carregou a bola com liberdade e, da entrada da área,
chutou forte no canto esquerdo de Van Veenendaal.
O segundo gol abateu a seleção da Holanda. Então organizada e
disciplinada taticamente, começou a deixar espaços no setor defensivo,
permitindo que os EUA chegassem com perigo em busca do terceiro gol, que
somente não saiu, pelo excessivo capricho americano no momento das
finalizações.
Recado dado.
Estadão Conteúdo
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