Os advogados de Walter Delgatti Neto, preso na semana passada pela Polícia Federal por suspeita de que tenha invadido os celulares de mil autoridades, entre elas o ministro da Justiça Sergio Moro e o presidente Jair Bolsonaro, negaram que o hacker seja filiado a partidos e que é “desinteressado em política institucional”.
Reportagem de VEJA publicada na quinta 25, Delgatti Neto era
filiado ao DEM deste 2007. Após a prisão, ele foi expulso do partido.
Em nota enviada à Globonews, os advogados Luis Gustavo
Delgado Barros e Fabrício Martins Chaves Lucas também afirmaram que
todas as informações obtidas pelo hacker estão sendo guardadas por “fiés
depositários” tanto no Brasil quanto no exterior. Dizem também que
Delgatti Neto não reconhece o apelido de “Vermelho”.
Em depoimento à Polícia Federal divulgado na sexta 26, o hacker
detalhou como uma cadeia de invasões o levou a contatos dos principais
nomes da República. Afirmou também ser o responsável pelo conteúdo das
mensagens publicadas pelo The Intercept Brasil. À PF, o suspeito disse
que chegou até Glenn Greenwald, responsável pelo site, por meio da
ex-deputada Manuela D’Ávila, que confirmou ter sido a ponte entre o
invasor e o jornalista.
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