O presidente da República, Jair Bolsonaro, defendeu nesta
quinta-feira (25) o fim dos cursos de formação para novos motoristas.
“Eu acho que nem deveria ter exame de nada. Você faz uma parte escrita e
vai para a prática, nem precisa cursar em autoescola”, sugeriu em sua
live semanal, transmitida pela internet.
Bolsonaro afirmou que aprendeu a guiar quando ainda era criança, sem
curso algum. “Com 10 anos de idade eu estava dirigindo trator na fazenda
em Eldorado Paulista (SP).” O presidente admitiu, no entanto, que essa é
apenas uma ideia, que ficará para “um segundo momento” em sua intenção
de reduzir o custo da carteira de motorista.
Na prática, ele já pediu, via projeto de lei que será analisado pela
Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, o fim dos simuladores.
Segundo o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, as máquinas
de simulação das autoescolas, que passam a ser opcionais aos aspirantes a
motoristas, elevam o preço do documento em 15% (cerca de R$ 300).
Também quer a ampliação da validade da CNH (carteira nacional de
habilitação) de 5 para 10 anos para adultos, e de 2,5 anos para 5 anos
para os idosos. Além do aumento do limite de pontos para cassação da
carteira, que dobrará de 20 para 40 pontos.
Outro objetivo do governo é tirar a multa para pais que não utilizam a
cadeirinha para crianças em seus carros. “Criaram uma polêmica com isso
dizendo que eu tinha afrouxado a lei, mas na verdade eu inclui a
punição de três pontos na carteira, que não existia”, afirmou durante a
live.
Bolsonaro aproveitou o vídeo ao vivo para pedir uma ajuda do
Congresso Nacional ao citar outra flexibilização, a de acabar com a
obrigatoriedade de exames médicos em clínicas conveniadas com os
Detrans. “No projeto nosso você pode ter esse atestado com teu irmão,
com teu pai, com o vizinho, com qualquer médico”, explicou. “Espero que a
Câmara não mexa nisso. Pelo contrário, aprove e até inclua mais coisas.
Afinal 513 pessoas mais 81 no Senado têm cabeças para sugerir mais
medidas para que fique mais barato isso aí”, declarou.
Bolsonaro e suas medidas populistas.
R7
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