“Tem equívoco, tem mal
entendido, às vezes se exagera. E com a sensibilidade que existe no
Parlamento, isso vai ser corrigido. Não acabou a reforma da Previdência
ainda. Mais ainda: depois da Câmara, tem o Senado. Se o Davi Alcolumbre
com seus líderes achar que algo mais deve ser mudado, isso pode alterar
também. Eu pouco tenho o que fazer agora no tocante à Previdência”,
afirmou o presidente.
Bolsonaro admitiu que “pouca coisa precisa ser mexida” no texto, mas
evitou entrar em detalhes de quais mudanças poderiam ser feitas
futuramente. “Como um todo, foi muito bom. Acho que pouca coisa tem que
ser mexida. Não vou entrar em detalhe, está com o Parlamento essa
questão. Qualquer posição vai ser de forma reservada com o Rodrigo Maia e
com os líderes partidários. O governo precisa fazer de tudo para que
essa Previdência não morra. Reconhecemos especificidades de várias
carreiras, mas todos têm que contribuir com alguma coisa.”
O presidente participou de solenidade de comemoração do 196º
Aniversário da criação do Batalhão do Imperador e o 59º de sua
Transferência para a Capital Federal. O evento foi realizado no Batalhão
da Guarda Presidencial, em Brasília. Esta é a segunda vez na semana que
Bolsonaro participa de um evento militar. Na quarta-feira, o presidente
viajou a São Paulo para participar de solenidade de posse do novo
comandante do Comando Militar do Sudeste, general Marco Antonio Amaro.
Considerada a principal aposta da equipe econômica do governo para o
equilíbrio das contas públicas, a reforma da Previdência modifica as
regras de aposentadoria para funcionários do setor privado e servidores
públicos da União.
“Fizemos a nossa parte, entramos com o projeto. Agora, o governo não é
absoluto, não é infalível, algumas questões serão corrigidas com toda
certeza junto ao plenário. O comando agora está com o nosso presidente
Rodrigo Maia (DEM-RJ). Tenho certeza que nós vamos conversar, que vamos
trazer o Paulo Guedes para conversar também, trazer demais lideranças.
Quem quiser conversar de forma bastante civilizada nós estamos dispostos
a conversar. E tenho certeza que podemos corrigir possíveis equívocos
que porventura ocorrem até o momento”, disse Bolsonaro a jornalistas.
O presidente voltou a dizer que o governo e os políticos precisam dar
uma sinalização aos investidores nacionais e internacionais de que o
País está fazendo sua nossa parte e que está agindo de forma responsável
com a questão da economia. “O Maia quer o melhor para o Brasil também,
ele sabe que essa reforma é necessária e que todo mundo vai ter que
pagar um pouquinho para que a gente consiga tirar o Brasil da situação
em que se encontra.”
Vitória
Presente no evento, o líder do governo na Câmara dos Deputados, Major
Vitor Hugo (PSL-GO), afirmou que a aprovação do texto na quinta-feira
foi uma vitória não somente do governo, mas do País “O País deu mais um
passo para construir uma nova Previdência que vai ser mais justa e mais
equilibrada. A União vai fazer uma lei complementar geral que vai tratar
de normas gerais de aposentadoria e depois os Estados vão legislar
sobre questões específicas”, disse o deputado, ao se referir à questão
dos agentes de segurança pública.
“A liderança do governo fez esforço com a Câmara, os líderes, o
presidente da Câmara e a equipe da economia para que expectativa se
encontrasse com as possibilidades. Naquele momento, não foi possível
encontrar expectativas com realidade, isso não quer dizer que agora no
plenário ou em outro momento a gente não vai conseguir. Temos que
reconhecer que a PF e a PRF prestam excelente trabalho para o país
expondo suas vidas todos os dias”, disse o Major.
Bolsonaro na pauta...
Estadão Conteúdo
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