O presidente Jair Bolsonaro aproveitou nesta segunda-feira, 17, a
cerimônia de assinatura da medida provisória que trata da venda e
utilização de bens apreendidos de traficantes para elogiar o ministro da
Justiça, Sergio Moro. “Um homem símbolo e que quer mudar seu país”,
afirmou o presidente ao se referir ao Moro.
Ele lembrou que Moro abriu mão de 22 anos de magistratura para compor
o seu governo, para seguir sua vontade de “combater o crime organizado,
a lavagem de dinheiro e a corrupção”. “Não é qualquer pessoa que faz
isso pela sua pátria”, afirmou Bolsonaro. Em seguida, completou: “É
motivo de honra, satisfação, orgulho, não só para mim, mas todos os
brasileiros de bem, tê-lo nessa função em que se encontra.”
O presidente destacou o decreto das armas e disse que “quem quer
desarmar o povo é quem quer o poder absoluto”. “Quero que o povo também
tenha direito de legítima defesa.”
Bolsonaro disse que, com a MP assinada nesta segunda, o ministro
Sergio Moro terá munição para poder de fato ter recursos para combater o
crime.
O presidente lembrou ainda do processo de formação do seu ministério e
disse que teve liberdade de escolher seus ministros, que falam entre si
e conversam com os parlamentares. “Da maneira como está montada os
ministérios, todos temos a ganhar. Em especial um dos ministérios mais
importantes, o da Justiça.”
“Nós queremos o melhor do Brasil. Juntos, nós temos como mudar o
destino do Brasil. Não podemos ter problemas entre nós. Uma palavrinha
minha esquisita aqui e de vocês (parlamentares) lá, a gente releva e
toca o barco. O Brasil está acima de todos nós. O interesse é o Brasil
acima de tudo”, disse o presidente.
Ao final de sua fala, Bolsonaro afirmou que o ministro Moro “está
fazendo mais um gol de bicicleta aqui hoje e do meio do campo”.
MP
A Medida Provisória assinada hoje pelo presidente dota a Secretaria
Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), do Ministério da Justiça e
Segurança Pública (MJSP), de instrumentos legais para dar maior
eficiência e racionalidade na gestão de bens apreendidos ou confiscados
como produtos de crimes relacionados ao tráfico de drogas.
Os valores arrecadados com a venda dos bens já poderão ser utilizados
em políticas públicas antes mesmo do fim do processo judicial. Os
Estados também receberão os recursos de forma mais célere para execução
de suas políticas públicas.
Por fim, haverá mais agilidade na alienação de bens com significativa
redução dos gastos para a União e os Estados com manutenção de espaços
para guarda desses bens, gerando economias que permitirão investir em
outras necessidades.
Bolsonaro na pauta.
Estadão Conteúdo
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