O presidente Jair Bolsonaro anunciou ontem a demissão do terceiro
general de seu governo em três dias. Após serem afastados Carlos Alberto
dos Santos Cruz da Secretaria de Governo e Franklimberg Freitas da
presidência da Funai, ele decidiu exonerar do comando dos Correios o
general Juarez de Paula Cunha.
Segundo o presidente, Cunha “foi ao Congresso e agiu como
sindicalista” ao criticar a privatização da estatal e tirar fotos com
parlamentares da oposição. “Aí complica”, disse Bolsonaro em café da
manhã com jornalistas no Palácio do Planalto. O Estado participou da
entrevista.
O general assumiu a presidência dos Correios ainda no governo de
Michel Temer. Ele chegou ao posto por indicação de Gilberto Kassab,
presidente nacional do PSD. Bolsonaro decidiu mantê-lo no cargo, mas
Cunha era, na verdade, mais ligado ao vice-presidente, o general
Hamilton Mourão.
O chefe dos Correios foi à Câmara na semana passada para uma
audiência na Comissão de Participação Legislativa e adotou um discurso
contrário à ideia do governo Bolsonaro de privatizar a estatal. Em sua
fala, disse que se trata de uma empresa “estratégica” e
“autossustentável” e que os economistas não têm condições de calcular o
“custo social” dos serviços por ela prestados.
Bolsonaro na pauta...
Estadão Conteúdo
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