Uma
investigação do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) levou à
prisão de um homem suspeito de aliciar sexualmente uma criança de 10
anos. A prisão preventiva dele é a segunda fase da Operação
Direct. O MPRN também denunciou o investigado à Justiça potiguar
após análise pericial das mídias apreendidas durante a primeira fase da
ação e constatação de que o denunciado permanecia utilizando-se da mesma
maneira de agir, acessando redes sociais na
busca de crianças e adolescentes.
O denunciado foi detido em São Paulo, onde mora. A prisão foi
realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado
de São Paulo (Gaeco/SP) e pelo Grupo de Operações Especiais da Polícia
Civil daquele estado (GOE/PCSP). A primeira fase
da Operação Direct aconteceu em março de 2018 quando foram cumpridos,
na capital paulista, mandados de busca e apreensão de materiais, como o
computador e outros dispositivos de informática. No entanto, o MPRN
apontou, após a extração de dados dos equipamentos
apreendidos, que o denunciado continuou realizando buscas por vítimas,
crianças e adolescentes, demonstrando o elevado grau de periculosidade e
a ousadia em continuar perpetrando ações criminosas, mesmo após a ação
do Ministério Público.
Crimes e maneira de agir
Entre os anos de 2017 e 2018, de acordo com as provas colhidas no
curso da investigação, o denunciado praticou crimes contra crianças e
adolescentes, seja por aliciar e instigar a se exibirem de forma
sexualmente explícita, seja por armazenar imagens e
vídeos contendo cenas de conteúdo sexual com crianças e adolescentes.
De acordo com as investigações do MPRN, o aliciador usou o serviço
de mensagem direta de uma rede social da criança potiguar para
estabelecer o primeiro contato. Após algumas conversas, o homem passou a
tentar seduzir a criança e chegou a enviar fotos
pornográficas para ela. Na troca de mensagens, o aliciador usava perfis
falsos. O nome da operação é uma alusão a esse serviço de mensagens
diretas, disponível na rede social. A mãe estava atenta à navegação da
criança na internet e em certo momento acabou
vendo a troca de mensagens e procurou o MPRN. Isso deu início à
investigação que se baseou em uma metodologia de cruzamentos de dados.
O MPRN alerta aos pais que a maneira mais eficaz de proteção é a
atenção, acompanhamento contínuo e orientação das crianças diante da
diversidade de informações as quais são expostas, muitas delas
difundidas sem qualquer controle, aliada a falta de supervisão
da família.
Disque 127
O Disque Denúncia 127 é um canal direto do MPRN para denúncias de
crimes em geral. O cidadão pode ligar gratuitamente para o número. A
identidade da fonte será preservada.
Além do telefone, as denúncias também podem ser encaminhadas por Whatsapp para o número (84) 98863-4585 ou e-mail para disque.denuncia@mprn.mp.br.
Os cidadãos podem encaminhar informações em geral que possam levar à
prisão de criminosos, denunciar atos de corrupção e crimes de qualquer
natureza. No Whatsapp, são aceitos textos, fotos, áudios e vídeos que
possam comprovar as informações oferecidas.
MPRN em pauta.
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