A Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Mossoró recebeu mais 11 presos considerados líderes do Primeiro Comando da Capital
(PCC), facção criminosa com ramificações em todo o país. O grupo é
oriundo do Ceará e chegou ao Rio Grande do Norte na madrugada do último
sábado (25), em uma operação realizada de surpresa. Nem mesmo a família e
os advogados dos mesmos foram avisados previamente.
Segundo o jornal Diário do Nordeste, a transferência foi solicitada
pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas
(Gaeco), do Ministério Público do Ceará (MPCE). “Os internos
transferidos para o presídio de Mossoró respondem a crimes como
homicídio, latrocínio, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, roubo e
receptação”, informa a reportagem.
Ainda de acordo com a publicação, “os onze internos fazem parte de um
grupo de 33 homens com perfil de liderança dentro do PCC, que
denunciaram, através de ação judicial interposta no Tribunal de Justiça
do Ceará (TJCE), terem sofrido tortura de agentes penitenciários,
enquanto estavam isolados na Casa de Privação Provisória de Liberdade
Professor Jucá Neto (CPPL III), também em Itaitinga, na madrugada de 20
de fevereiro deste ano, antes de serem levados para uma ala de segurança
máxima do CDP”.
Os presos teriam sofrido ferimentos nas
mãos, nas costas e na cabeça provocados por agressões de servidores
públicos. Os laudos dos exames de corpo de delito, realizados pela
Perícia Forense do Ceará (Pefoce), confirmam as lesões, sendo algumas
delas cometidas por instrumento contundente. Os peritos, entretanto, não
tiveram elementos suficientes para garantir que houve tortura.
Penitenciária de Mossoró recebendo seus "clientes".
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