A Polícia Federal, em cooperação com o Ministério Público Federal e com a Receita Federal, deflagrou, na manhã desta quarta-feira (08/05/2019), a 61ª fase da Operação Lava Jato. A ação foi batizada de Disfarces de Mamom.
Cerca de 170 policiais federais cumprem três mandados de prisão
preventiva e 41 de busca e apreensão em 35 locais diferentes nas cidades
de São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Os documentos foram
expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba (PR).
Desta vez, o objetivo é apurar um grande esquema de lavagem de
dinheiro praticado por altos funcionários do Banco Paulista SA. De
acordo com os investigadores, os suspeitos, por meio da instituição
financeira, faziam a contratação de empresas de fachada, que emitiam
notas fiscais e contratos fictícios para justificar serviços não
prestados e, assim, camuflar pagamentos feitos e recebidos pela entidade
localizada no exterior.
Uma vez feitos os pagamentos, as empresas, com ajuda de doleiros,
remetiam numerário para exterior por meio de operações tipo dólar-cabo,
dando aparência de legalidade às operações e obtendo dinheiro em moeda
estrangeira com aparência legal.
A PF informou que os presos são funcionários do banco investigado e,
na época, um deles atuava na mesa de câmbio. Outro era diretor da área
de operações de câmbio e o terceiro era diretor geral da instituição.
As investigações tiveram início a
partir de depoimentos e colaborações colhidas de três administradores de
uma instituição financeira no exterior que atuava ocultando capitais em
operações criminosas em favor do Setor de Operações Estruturadas da
Odebrecht.
Esta é a primeira vez que Lava Jato cumpre buscas na sede de um
banco. Os presos serão levados para a sede da PF em São Paulo e,
posteriormente, transferidos para a Superintendência do Paraná,
onde prestarão depoimento.
“Disfarces de Mamom”
O nome da operação remete a uma passagem bíblica: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.” (Mateus 6.24).
“A instituição financeira, que deveria zelar pela rigidez do sistema
financeiro, valia-se de sua posição privilegiada para a viabilização de
atividades ilícitas”, ressaltam os investigadores.
PF na pauta...
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