O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) afirmou nesta
segunda-feira, 13, que o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) tem
direcionado seus esforços para tentar interromper investigações sobre
movimentações financeiras atípicas em seu gabinete de deputado estadual
no Rio e se recusa a prestar esclarecimentos aos procuradores embora já
tenha sido convidado diversas vezes.
A nota oficial do MP foi divulgada em resposta a uma entrevista
exclusiva concedida pelo senador ao Estado. Na entrevista, Flávio afirma
que “há grande intenção de alguns do Ministério Público de me sacanear,
de mais uma vez colocar em evidências coisas que não fiz”.
Ele afirmou também que “alguns pouquíssimos integrantes do Ministério
Público estão tentando atacar minha imagem para atacar o governo Jair
Bolsonaro. Infelizmente, tem militância política em tudo quanto é
instituição e no Ministério Púbico não é diferente”. E acusou o MP de
vazar informações sigilosas a seu respeito.
“O Ministério Público do Rio de Janeiro repudia com veemência as
declarações de Flávio Bolsonaro”, informou a nota. “O MPRJ reafirma que
sua atuação é isenta e apartidária.”
O MP negou também que tenha divulgado informações sigilosas sobre o
senador. “O relatório de inteligência financeira encaminhado pelo Coaf
em janeiro de 2018, contendo diversas movimentações atípicas envolvendo
assessores de parlamentares da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio),
foi mantido em absoluto sigilo no âmbito do MPRJ, sendo prova maior de
sua neutralidade política.”
O MP concluiu a nota informando que “o senador Flávio Bolsonaro tem
direcionado seus esforços para invocar o foro privilegiado perante o
Supremo Tribunal Federal ou mesmo tentar interromper as investigações,
como o fez junto ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro,
fato amplamente notificado nos meios de comunicação.”
E ainda: “O referido parlamentar não adota postura similar à de
outros parlamentares, prestando esclarecimentos formais sobre os fatos
que lhe tocam e, se for o caso, fulminando qualquer suspeita contra si. O
senador é presença constante na imprensa, mas jamais esteve no MPRJ,
apesar de convidado.”
Filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro, Flávio passou a ser
investigado após o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf)
identificar movimentação financeira considerada atípica em sua conta
corrente e na de seu ex-assessor, Fabrício Queiroz. O caso foi revelado
pelo Estado. Ele nega que tenha cometido irregularidade e pedido que
seus funcionários devolvessem parte do salário.
Essa dupla seu moço...
IstoÉ
Registe-se aqui com seu e-mail
ConversãoConversão EmoticonEmoticon