A exploração de petróleo em terra –
modalidade denominada “onshore” – ganhará um novo fôlego no Rio Grande
do Norte com a chegada da companhia Petroreconcavo S.A., que
recentemente adquiriu da Petrobras 34 campos maduros, na região Oeste.
Em visita à governadora Fátima Bezerra, nesta segunda-feira (06), o
administrador e presidente da empresa, Marcelo Campos Magalhães,
anunciou que serão investidos 150 milhões de dólares nos próximos cinco
anos, mesmo período em que pretende duplicar a produção de petróleo no
polo denominado Riacho da Forquilha, que atualmente produz de 6 a 8 mil
barris por dia.
Instalada há 19 anos no Brasil, a Petrorecôncavo explora petróleo em
17 campos na Bahia, onde produz cerca de 4,5 mil barris por dia e se
destaca pela larga experiência em aumentar a produtividade nos chamados
campos maduros. Para iniciar as atividades no RN, previsto para o mês de
outubro, após cumprir etapas de licenciamentos e autorizações junto aos
órgãos reguladores, a corporação está constituindo empresa local – a
Potiguar E & P (Exploração e Produção) – que terá sede em Mossoró e
deverá gerar pelo menos 200 empregos diretos, nas bases de produção,
além dos funcionários que atuarão no setor administrativo.
“Em princípio, iremos trabalhar com três sondas e temos a estimativa
de criar cerca de 70 a 80 postos por sonda”, disse Marcelo, que veio à
governadoria acompanhado dos executivos Troy Finney (diretor de
operações), Juan Alves (potiguar de Currais Novos, formado pela UFRN,
gerente de operações) e Davi Carvalho (gerente jurídico). A Potiguar E
& P também vai explorar a produção de gás natural e o presidente da
companhia já adiantou que pretende criar as condições necessárias para
oferecer gás a preço mais competitivo. “Temos que agradecer essa
recepção maravilhosa e destacar que o nosso projeto deverá causar um
impacto muito positivo para o estado”, afirmou.
A governadora mostrou entusiasmo com a aquisição desses campos pela
Petrorecôncavo e ressaltou a importância do fortalecimento da cadeia
produtiva do setor petrolífero, pois desde que a Petrobras reduziu a
exploração de petróleo no RN, gerou desemprego e queda na arrecadação de
impostos. “Se essa empresa não adquirisse esses campos, eles certamente
seriam devolvidos e nós teríamos muitos postos de empregos fechados.
Agora podemos contar com uma nova fase na exploração de petróleo no
estado”, reafirmou Fátima.
Participaram da reunião o senador Jean Paul Prates e a deputada
estadual Isolda Dantas e, da equipe do governo, estavam presentes o
vice-governador Antenor Roberto, o secretário Jaime Calado
(Desenvolvimento Econômico), acompanhado do coordenador de
desenvolvimento energético, Hugo Fonseca, a presidente da Potigás,
Larissa Dantas, e o diretor do Idema, Leon Aguiar. Representando o setor
produtivo, estavam Vilmar Segundo, presidente do Crea-RN (Conselho
Regional de Engenharia e Arquitetura) e Vilmar Pereira, vice-presidente
da Fiern (Federação das Indústrias do RN).
Petróleo na pauta.
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