A RR Donnelley, multinacional responsável por imprimir o Exame
Nacional do Ensino Médio (Enem) desde 2009, declarou nesta segunda-feira
(01) que “precisou encerrar suas operações no Brasil” por causa das
“atuais condições de mercado”, de acordo com informações do Estadão.
Segundo a reportagem, o cronograma ideal de produção do material
esperava que a gráfica recebesse a prova ainda neste mês ou, no máximo,
em maio, para que o Enem não atrasasse. As inscrições para o exame
começaram nesta segunda-feira. A prova está marcada para ser aplicada em
novembro.
“Não é qualquer gráfica que pode imprimir o Enem, há um risco
grande”, disse Ocimar Olavarse, especialista em avaliação e professor da
Universidade de São Paulo (USP), ao Estadão.
Ainda de acordo com o Estadão, a RR Donnelley assumiu a impressão do
Enem quando a prova foi roubada e cancelada em 2009, na gestão de
Fernando Haddad no MEC. O episódio foi revelado pelo Estado na época.
Depois disso, os contratos foram prorrogados para se manter a mesma
gráfica.
Uma licitação foi feita em 2016, mas a RR Donnelley venceu novamente.
A Gráfica Plural entrou com representação no Tribunal de Contas da
União (TCU) alegando que havia “direcionamento do certame” por causa de
“exigências restritivas que teriam a impedido de participar da disputa
mesmo tendo uma das maiores capacidades instaladas do país”.
Ficou provado que o roubo se deu dentro da gráfica Plural, que havia
sido contratada por uma empresa (que ganhou licitação para aplicar a
prova) para imprimir o Enem. Desde então, o Inep instaurou diversos
processos de logística e segurança para fazer a avaliação. A contratação
da gráfica passou a ser de responsabilidade do Inep e não mais da
empresa que aplica o Enem.
ENEM na pauta...
Estadão Conteúdo
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