O Rio Grande do Norte conta com apenas um policial civil para cada
grupo de 2.485 habitantes, o que deixa o estado tendo o quinto menor
efetivo do Brasil em números proporcionais. Os dados são de um relatório
divulgado pela Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis
(Cobrapol). Atrás do RN no ranking estão Paraná, Ceará, Pará e
Maranhão.
O atual efetivo no estado é de 1.398 policiais, segundo dados do
Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Segurança Pública do
Estado do Rio Grande do Norte (Sinpol). A entidade acredita que o número
ideal de policiais no estado seria de 5.150, o que gera neste momento
um déficit de 3.752 agentes.
A falta de profissionais influencia, segundo o Sinpol, diretamente nos
processos de investigações. "Se você tem uma demanda de crimes que tem
que ser apurados e investigados, você não faz isso devido ao seu baixo
efetivo, não conclui os inquéritos e não gera mandados de prisão contra
os criminosos. Isso incorre numa impunidade", falou Nilton Arruda,
presidente do Sinpol.
"Às vezes você não tem policial suficiente nem pra fazer uma prisão no
meio da rua. O mínimo necessário seria três policiais para um bandido.
Às vezes não chega a ter três agentes de polícia numa delegacia no
período da tarde devido ao baixo efetivo", completou.
A Secretaria de Segurança Pública e da Defesa Social do Rio Grande do
Norte (Sesed) admite o déficit e acredita que isso se deve a falta de
concursos públicos para a Polícia Civil no últimos anos - o mais recente
foi em 2008, há 11 anos.
"É um efetivo muito reduzido. A Polícia Civil hoje trabalha com menos
de 30% do efetivo previsto. Mas nós fizemos o pleito junto ao governo
que tão logo a situação financeira e orçamentária do estado melhore, nós
iremos pleitear um concurso público, não só para a Polícia Civil, como
também para a Militar e Corpo de Bombeiros", explicou o Coronel
Francisco Canindé de Araújo, titular da Sesed.
Como base de comparação, o relatório aponta o Amapá com o melhor índice
de policiais civis por população, com um agente para um grupo de 694
habitantes. O pior é o Maranhão, com um para 3.295 pessoas.
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Dados na pauta.
G1/RN
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