No primeiro dia de funcionamento da Assembleia Legislativa de Santa
Catarina, o debate mais importante foi o decote do macacão vermelho
usado pela deputada Ana Paula da Silva (PDT). As fotos da parlamentar
vestindo o modelo viralizaram. Foram mais de 6 mil compartilhamentos e
de 8 mil comentários. A maior parte contendo xingamentos.
A senhora esperava uma repercussão tão grande?
Jamais! No primeiro momento, me senti muito mal. Não é fácil ficar sendo xingada.
Por homens e mulheres?
Sim. Muitas me chamaram de vagabunda, de dona de prostíbulo e daí para baixo.
Arrependeu-se da escolha?
Não. Sou como toda mulher. Tem dia em que, se pudesse, sairia de pijama. E há dias em que quero estar deslumbrante. Comprei o macacão para a posse. Na loja, as meninas me ajudaram e ninguém viu problema na roupa. Não é um decote que estabelece padrões e conceitos de vida.
Como explica reações tão raivosas?
Simbolizam o preconceito contra as mulheres. Muitas se reconheceram na minha situação e se lembraram de episódios em que foram agredidas por causa da roupa que usavam.
Mas a senhora não acha que o modelo pode ter sido inapropriado para o ambiente?
Não. Respeitei o decoro. E eu sou assim. Sempre usei decote, salto alto. As pessoas é que querem limitar espaços e comportamentos para as mulheres. Mas é meu direito escolher como me vestir. E não ser agredida por isso.
Decote gerou polêmica.
IstoÉ
Registe-se aqui com seu e-mail
ConversãoConversão EmoticonEmoticon