A única empresa transportadora com operação Porto de Natal e rota de
exportação de frutas potiguares para a Europa suspendeu as atividades no
terminal após as operações que apreenderam quase 3,3 toneladas de
cocaína dentro de contêineres, nos dias 12 e 13 de fevereiro. Isso é o
que afirmam exportadores do estado atendidos pela CMA-CGM. De acordo com
eles, a empresa informou a interrupção do serviço a partir de março,
sem previsão para retorno.
"Eles avisaram à gente que estão suspendendo por tempo indeterminado,
depois que foi encontrada essa droga. É ruim para todo mundo. Para os
produtores, mas também para os funcionários, para o próprio porto, que
arrecada menos. É uma ciranda negativa", considerou Luiz Roberto
Barcelos, que é dono da Agrícola Famosa, maior exportadora de frutas do
estado, e presidente do Comitê Executivo de Fruticultura do Rio Grande
do Norte (Coex).
Uma das razões da suspensão seria o prejuízo para a imagem da empresa,
causado pelas apreensões em seus contêineres. De acordo com os
exportadores do estado, a falta uma máquina de escâner no terminal, que
dificultaria a implantação das drogas em meio às cargas, seria um dos
motivos que levou a transportadora a tomar a decisão. A estrutura
custaria cerca de R$ 11 milhões.
Prejuízos
De acordo com Barcelos, apesar de estar em um período de fim de safra, o
setor tem previsão de enviar 400 contêineres de fruta para a Europa no
mês de março. Com a notícia da suspensão da operação em Natal, os
produtos deverão ser transportados pelo porto do Mucurípe, em Fortaleza,
onde a CMA-CGM também atua. A mudança logística encarece o transporte
da carga. Enquanto o valor gasto por contêiner em Natal é de R$ 1.800,
ele sobe para R$ 2.100 no Ceará. O prejuízo estimado pelo empresário é
de cerca de R$ 100 mil. "A gente acaba perdendo competitividade",
considera.
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Porto na pauta.
G1
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