Uma mulher jogou fezes no rosto de um médico no Hospital Municipal de
Areia Branca, região Oeste potiguar, na noite da última quinta-feira
(17). O ataque foi confirmado pelo secretário de Saúde do município,
Alexandre Inácio, e foi denunciado à Polícia Civil.
O caso aconteceu por volta das 19h na área interna do Hospital
Municipal Sara Kubitscheck, horário em que o médico se preparava para
deixar o seu plantão. De acordo com o secretário, a mulher é uma técnica
de enfermagem, servidora efetiva do município, que está afastada das
funções há cerca de seis meses por problemas psiquiátricos.
"Ela entrou no hospital procurando o médico e pediu para ir até ele,
para entregar um presente de agradecimento. O pessoal deixou ela entrar
no estar médico (local de descanso dos profissionais), mas ela fez
isso", contou o secretário. As fezes foram levadas pela agressora em uma
sacola plástica. Ao encontrar o médico, ela passou a jogar os
excrementos nele e foi embora, em seguida.
Segundo Alexandre Inácio, a agressora atribui ao médico culpa pela
morte do pai dela, que aconteceu há algumas semanas. Segundo o
secretário, o homem, que era atendido pelo profissional, estava
internado em estado terminal de câncer e apresentou um sangramento que
não tinha como estancar. Após três dias, o paciente faleceu.
"Não houve erro médico. Infelizmente era um caso terminal. O médico
atua há 10 anos no município e é um bom profissional, bem avaliado pelo
público", comentou o secretário. "Isso nunca aconteceu em Areia Branca.
Pegou todo mundo de surpresa. O médico já tomou algumas providências.
Está muito chateado", acrescentou.
Após o ataque, o médico foi à Delegacia de Polícia Civil para registrar
um Boletim de Ocorrência e deverá processar a servidora afastada. Em
contato com o G1 na noite da última sexta-feira (18), o
médico disse que estava "profundamente chateado" com a situação e que
vai abrir uma ação contra a mulher, já que considera que ela não tem
problemas psiquiátricos de verdade.
O profissional ainda declarou que o estado de saúde do pai da mulher
era irreversível e sua morte não foi causada pelo "pequeno sangramento"
que apresentava. Ele também afirmou que iria se manifestar oficialmente
por meio de uma nota enviada pelo seu advogado, porém ela não chegou até
a publicação desta reportagem. O G1 tentou um novo contato neste domingo (20), mas as ligações não foram atendidas.
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