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* Bolsonaro muda tom e diz que 'pressão' contra Flávio é para atingi-lo.

Horas depois de admitir que seu filho mais velho, o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), pode ter errado e dizer que ele vai ter que "pagar o preço" se esso for o caso , o presidente Jair Bolsonaro mudou o discurso e defendeu Flávio de forma enfática. 

Em entrevista exibida na noite desta quarta-feira pela "Record", Bolsonaro afirmou que a investigação contra seu filho é uma maneira de atingi-lo.  

— Acredito nele. A pressão enorme em cima dele é para tentar me atingir. Ele tem explicado tudo o que acontece com ele nessas acusações infundadas — disse. 

O presidente afirmou que o Ministério Público cometeu uma "arbitrariedade" contra Flávio: 

— Esteve, sim, com o seu sigilo quebrado. Fizeram uma arbitrariedade para cima dele. Nós não estamos acima da lei. Muito pelo contrário. Como qualquer outro, estamos abaixo da lei. 

O MP, no entanto, informou que não houve quebra de sigilo. De acordo com a Lei 9.613 de 1998, instituições financeiras são obrigadas a informar sobre operações financeiras e transações de altos valores ou feitas em dinheiro vivo ao Coaf. O conselho, por sua vez, elabora relatórios de inteligência financeira e os encaminha para as autoridades competentes para a instauração de procedimentos de investigação, como o Ministério Público.  

No caso de Flávio, o banco no qual ele mantém uma conta registrou 48 depósitos em espécie na conta de dele entre junho e julho de 2017, que somam cerca de R$ 96 mil , concentrados no terminal de autoatendimento da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Em diversas datas, foram identificados depósitos em valores idênticos na conta do parlamentar em intervalo de poucos minutos. 
Bolsonaro e o seu estilo vai e vem.
O Globo
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