Assessores diretos de Jair Bolsonaro disseram ao blog esperar que o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente, dê o mais rápido possível as explicações sobre os 48 depósitos suspeitos em dinheiro na conta dele que somam R$ 96 mil.
O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) considera as
movimentações atípicas porque levantam a suspeita de que houve tentativa
de evitar a identificação dos depósitos na conta bancária de Flávio.
Dentro do Palácio do Palácio do Planalto, a estratégia é afastar o
presidente do caso e atribuí-lo a Flávio Bolsonaro, que na época dos
depósitos era deputado estadual e tinha como assessor Fabrício Queiroz,
também citado em relatório do Coaf tendo feito movimentações atípicas num total de R$ 1,2 milhão.
Na avaliação da ala militar do governo, o caso ganhou uma dimensão
maior e mais preocupante. Antes, quem devia explicações era Fabrício
Queiroz. Agora, o próprio filho do presidente também está em situação
semelhante depois de o Jornal Nacional revelar o relatório sobre os
depósitos em dinheiro realizados na conta bancária do senador eleito.
A ordem entre os militares, contudo, é preservar o presidente da
República. Eles lembram que Bolsonaro não é investigado no processo
tocado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro e que ele deu
explicações sobre os depósitos de R$ 24 mil feitos por Queiroz na conta
da primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Segundo o presidente, são
referentes a uma dívida que o ex-assessor de seu filho tinha com ele por
causa de um empréstimo de R$ 40 mil.
É muito rolo viu seu moço!
Valdo Cruz
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