O ex-assessor do senador eleito Flávio
Bolsonaro (PSL-RJ), Fabrício Queiroz, falou em público pela primeira
vez sobre as movimentações atípicas de R$ 1,2 milhão em sua conta,
apontadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e
que levantaram uma crise em torno do presidente eleito Jair Bolsonaro
(PSL), pai de Flávio. Ele atribui o dinheiro a seus negócios com venda
de carros.
"Sou um cara de
negócios. Eu faço dinheiro", disse Queiroz, em entrevista ao SBT.
"Compro, revendo, compro, revendo, compro carro, revendo carro, sempre
fui assim. Gosto muito de comprar carro em seguradora. Na minha época lá
atrás, eu comprava um carinho, mandava arrumar, vendia."
A
entrevista completa vai ao ar no SBT Brasil desta quarta-feira, 26.
Queiroz passou a ser o pivô da principal problema político do presidente
eleito Jair Bolsonaro quando o Estado revelou, no dia 6 de dezembro,
que um relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades
Financeiras) apontou movimentações atípicas em suas contas.
Segundo
o documento, o ex-assessor do senador eleito, Flávio Bolsonaro,
movimentou R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017. Uma
das movimentações foi o depósito de um cheque de R$ 24 mil na conta da
futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro - no início de dezembro,
Bolsonaro disse que o cheque era o pagamento de um empréstimo.
O jornal O Estado de S. Paulo
revelou ainda que funcionários do gabinete de Flávio chegaram a
depositar 99% do que receberam no período na conta de Queiroz, e que a
maioria das transferências foram feitas no dia ou em datas próximas ao
pagamento na Alerj.
Esta é a
primeira vez que o ex-assessor fala publicamente sobre o assunto. Por
duas vezes, Queiroz alegou problema de saúde para não comparecer ao
depoimento que seria prestado ao Ministério Público nos dias 19 e 21
deste mês. No dia 7 de dezembro, Flávio Bolsonaro disse ter conversado
com Queiroz, e afirmou que ele teria lhe dado "explicações convincentes"
para o episódio, mas não disse quais seriam elas. O MPRJ informou que
também pedirá para que Flávio Bolsonaro preste esclarecimentos sobre o
caso, no dia 10 de janeiro.
É pra acreditar mesmo nisso, seu Moro?
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