O senador eleito Major Olímpio (PSL-SP) colocou na conta da deputada
federal eleita Joice Hasselman (PSL-SP) a discussão entre os membros da
futura bancada do partido presidente eleito Jair Bolsonaro no Congresso
por WhatsApp. Reproduções do bate-boca pelo aplicativo de mensagens
chegaram à imprensa na quinta-feira (06).
“A bancada do PSL não está em conflito. Não há conflito de todos
contra um, é só um se adequar”, afirmou Olímpio nesta sexta-feira (6),
depois assentindo que se referia a Joice.
O senador, presidente do PSL em São Paulo, falou com jornalistas ao
chegar à solenidade de formatura de oficiais da Academia da Força Aérea
em Pirassununga, no interior de São Paulo. Dias Toffoli, presidente do
Supremo Tribunal Federal e o general Joaquim Silva e Luna, ministro da
Defesa, também apareceram no evento. Jair Bolsonaro também tinha
confirmado presença, mas desistiu de última hora para preservar a saúde,
disse o presidente eleito em seu perfil no Twitter.
O filho de Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP),
entrou em uma discussão com Hasselmann sobre a disputa da liderança do
partido na Câmara. Ela tem articulado pela função e participa das
negociações da formação do novo governo.
Na conversa de WhatsApp, Eduardo Bolsonaro, atual líder da bancada na
Câmara, acusa a deputada de “atropelar” os correligionários, a chama de
“sonsa” e diz que ela tem “fama de louca”.
Olímpio afirmou que os deputados eleitos do PSL estão todos unidos.
Questionado sobre quem seria a melhor liderança para o governo na
Câmara, elogiou Eduardo Bolsonaro e o atual vice-líder da sigla,
Delegado Waldir. Para o Senado, defendeu que o senador eleito Flávio
Bolsonaro (PSL-RJ), também filho do presidente eleito, fique na
liderança.
“Se houve manifestação no imaginário dela de que não existia
liderança e que só ela é capaz de exercer, isso é um grande equívoco.
Joice sempre fala por ela, não pelo partido”, afirmou o senador eleito.
Quem vazou a conversa do WhatsApp, para Olímpio, foi Joice. “Não tenho dúvida. Alguém tem?”, indagou aos jornalistas.
O senador eleito não se manifestou sobre quando será a nomeação do
futuro ministro do Meio Ambiente, última pasta em aberto na futura
esplanada de Bolsonaro. Disse apenas que o presidente eleito analisa
cinco nomes e que “se Deus quiser será um paulista” —origem de dois
cotados para a vaga, Xico Graziano e Ricardo Salles.
Major Olímpio, nossa.
Folha de São Paulo
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