Os deputados Paulo Pimenta (PT-RS) e Paulo Teixeira (PT-SP) propuseram
nesta quinta (6) à PGR (Procuradoria-Geral da República) uma
representação criminal contra o deputado estadual Flávio Bolsonaro
(PSL-RJ), filho de Jair Bolsonaro que foi eleito senador, e Michelle
Bolsonaro, mulher do presidente eleito e futura primeira-dama do país.
Eles pedem que a procuradora-geral Raquel Dodge aprofunde
investigações “acerca da origem e destinação” de R$ 1,2 milhão que foram
movimentados por um ex-assessor e motorista de Flávio Bolsonaro, o PM
Fabrício José Carlos de Queiroz.
As atividades financeiras do ex-funcionário foram relatadas pelo Coaf
(Conselho de Controle de Atividades Financeiras), que as considerou
atípicas e incompatíveis com os rendimentos oficiais e as atividades
profissionais do policial.
Uma das transações de Queiroz citadas pelo Coaf é um cheque de R$ 24 mil destinado a Michelle Bolsonaro.
O motorista do filho de Bolsonaro fez ainda saques em dinheiro que
chegaram a R$ 320 mil no período de um ano. Do total, R$ 159 mil foram
sacados de uma agência bancária que fica no prédio da Alerj (Assembleia
Legislativa do Rio de Janeiro).
O caso foi revelado nesta quinta (06) pelo jornal O Estado de S. Paulo.
O documento do Coaf foi anexado a uma investigação que deu origem à
Operação Furna da Onça, realizada no mês passado e que levou dez
deputados estaduais e seis funcionários da Alerj à prisão, acusados de
receber um “mensalinho” num esquema de corrupção.
“Esses valores [que passaram pela conta do ex-motorista de Flávio
Bolsonaro] não era um mensalinho? Era o quê?”, questiona o deputado
Paulo Pimenta. Na representação, ele pede que seja apurada a
participação de Flávio Bolsonaro e de Michelle Bolsonaro “em possíveis
ilícitos criminais”.
Já chegou pela cozinha.
Folhapress
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