A 2ª Vara Federal de São Paulo aceitou nesta sexta-feira, 14, denúncia em que o Ministério Público Federal (MPF) acusa o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
do crime de lavagem de dinheiro no suposto recebimento de 1 milhão de
reais em uma doação do grupo ARG ao Instituto Lula. Segundo os
procuradores, o valor foi repassado à instituição após o petista
influenciar nas decisões do presidente da Guiné Equatorial, Teodoro
Obiang, que favoreceram a empresa no país africano. Com a decisão, Lula
se torna réu e será julgado.
Ao aceitar denúncia do MPF, o magistrado não faz juízo sobre
o mérito da acusação e observa apenas se os procuradores reuniram
indícios suficientes para que os acusados sejam levados a julgamento.
Também responderá à ação penal o empresário Rodolfo Giannetti Geo,
controlador do grupo ARG, pelos crimes de tráfico de influência em
transação comercial internacional e lavagem de dinheiro. Lula também
seria acusado de tráfico de influência, mas como os supostos crimes
ocorreram entre setembro de 2011 e junho de 2012 e o petista tem mais de
70 anos, o delito prescreveu em relação a ele.
Considerando a ação penal aberta nesta sexta, chegou a nove o número
de processos criminais a que o ex-presidente responde na Justiça a
partir de investigações das operações Lava Jato, Zelotes e Janus. Ele já
foi condenado em segunda instância a doze anos e um mês de prisão no
caso do tríplex do Guarujá (SP), sentença que o levou à prisão em abril
de 2018.
Esse se lascou de Norte a Sul.
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