A Operação Sem Limites é resultado do aprofundamento das
investigações decorrentes da 44ª fase. Segundo o MPF, trata-se de uma
“nova vertente de apuração em franca expansão”.
Como dissemos antes, a investigação mira num primeiro momento as
empresas Trafigura, Glencore e Vitol, ‘trading companies’ que
comercializam de “modo maciço e recorrente” com a Petrobras no mercado
internacional.
Só a Trafigura, entre 2004 e 2015, realizou cerca de 966 operações
comerciais com a Petrobras, as quais totalizaram o valor de aproximado
de US$ 8,7 bilhões.
Para a procuradora da República Jerusa Burmann Viecili, integrante da
força-tarefa Lava Jato, “as operações da área comercial da Petrobras no
mercado internacional constituem um ambiente propício para o surgimento
e pulverização de esquemas de corrupção, já que o volume negociado é
muito grande e poucos centavos a mais, nas negociações diárias, podem
render milhões de dólares ao final do mês em propina”.
O procurador da República Athayde Ribeiro Costa também ressalta que
“trata-se de esquema criminoso praticado ao longo de anos, com
envolvimento de empresas gigantes de atuação internacional, parte delas
com faturamento maior que o da própria Petrobras”.
Esquema vergonhoso na pauta.
O Antagonista
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