Dados da movimentação financeira de Fabrício José Carlos de Queiroz, ex-assessor do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro
(PSL) na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), indica que
ao menos uma assessora depositou quase todo o salário recebido na Alerj,
em determinado período sob investigação no Conselho de Controle de
Atividades Financeiras (Coaf), no esquema que engrossou o caixa do filho
de Jair Bolsonaro
(PSL). A funcionária em questão é Nathalia Melo de Queiroz, filha do
ex-assessor de Flávio que também transferiu dinheiro da Alerj – mais
precisamente R$ 97.641,20, a título de crédito mensal médio de R$
7.510,86.
O total transferido por Nathalia para Flávio Bolsonaro corresponde a
99% do pagamento líquido feito pela Alerj à assessora em janeiro de
2016, segundo a folha salarial daquela Casa. Segundo o blog do jornalista Fausto Macedo (Estadão),
não há informações completas disponíveis sobre a movimentação
financeira de Nathalia, ou seja, por ora não há como comprovar que o
dinheiro tem origem exclusiva nos rendimentos pagos da Alerj.
"Os cálculos são por aproximação. Para fazê-los, o Estado usou
o relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf)
da Operação Furna da Onça e consultou a folha salarial da Casa. O órgão
federal mostrou que no período investigado Nathalia transferiu os R$
97.641,20 para a conta do assessor de Flávio", reporta Fausto Macedo.
Ainda segundo o jornalista, o montante foi dividido ao longo dos 13
meses – até que se chegasse à média mensal – sob investigação no Coaf,
órgão que ficará sob comando do futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro,
e que já tem dado muita dor de cabeça para os membros do governo
eleito. Um dos pagamentos líquidos recebido em janeiro de 2016 por
Nathalia na Alerj foi de R$ 7.586,31, acrescenta a reportagem.
"No confronto com o bruto, R$ 9.835,45, chegou-se a um repasse de
77,14%. Cotejada com a renda usada pelo Coaf, R$ 10.502,00, o porcentual
foi de 72,23%. A renda considerada pelo Coaf, possivelmente, incorpora
valores que não constam da folha de janeiro da Alerj ou rendimentos
obtidos por Nathalia de outras fontes. Todos as cifras, porém, mostram
porcentuais altos de repasse", acrescenta o blog.
O senador eleito diz não ter cometido qualquer irregularidade e que
seus assessores se explicarão às autoridades competentes. Já Jair
Bolsonaro transferiu para Fabrício de Queiroz – que teve uma movimentação atípica de R$ 1,2 milhão como assessor de Flávio identificada pelo Coaf – a responsabilidade de esclarecer seus registros financeiros.
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