É grave a entrevista do comandante do Exército, general Villas Bôas,
na qual ele confessa ter interferido diretamente para impedir o Supremo
Tribunal Federal de conceder habeas corpus ao ex-presidente Lula, em abril deste ano.
Ao afirmar que, a seu critério, a liberdade de Lula seria motivo de “instabilidade”, o general confirma que a condenação do maior líder político do país foi uma operação política, com o objetivo de impedir que ele fosse eleito presidente da República.
Está demonstrado, agora, que não apenas o sistema judicial ligado a Sergio Moro, a Rede Globo e a grande mídia participaram dessa operação arbitrária e antidemocrática, mas também a cúpula das Forças Armadas.
O general Villas Bôas afirma querer “despolitizar” as Forças Armadas, mas sua confissão compromete os comandos militares com o golpe
e demonstra que eles exercem de fato uma tutela inconstitucional sobre
as instituições, jogando inclusive com a liberdade de um cidadão
injustamente condenado.
A entrevista compromete a cúpula das Forças Armadas com a visão autoritária do processo político de Jair Bolsonaro, que faz graves ameaças à oposição, por meio de declarações e textos que circulam nas redes sociais.
O PT
conclama as forças democráticas do país a repudiar e denunciar a
usurpação confessada pelo general Villas Bôas e a defender a democracia
contra as ameaças de Bolsonaro. Não há limites para a tirania depois que
ela se instala.
Nossa!
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