O economista Paulo Guedes, que já foi anunciado pelo presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) como seu ministro da Fazenda, caso seja eleito, é investigado pelo Ministério Público Federal por suspeita de fraudes em negócios com fundos de pensão de estatais.
No procedimento instaurado no último dia 2 de outubro, o
órgão afirma existirem indícios de associação de Guedes com diretores e
gestores de fundos de pensão, ligados ao PT e ao MDB, com o objetivo de
cometer “crimes de gestão fraudulenta ou temerária de instituições
financeiras e emissão e negociação de títulos sem lastro ou garantias”. A
informação é da Folha de S.Paulo.
Ao longo de seis anos, o economista captou ao menos 1 bilhão de
reais, de entidades como Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobras),
Funcef (Caixa), Postalis (Correios) e BNDESPar, braço de investimentos
do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Segundo as investigações, os negócios foram feitos pela BR
Educacional Gestora de Ativos, que pertence ao economista. Ela lançou
dois fundos de investimentos que receberam, das entidades das estatais, 1
bilhão de reais em seis anos. Entre 2009 e 2013, um dos fundos obteve
400 milhões de reais para projetos educacionais. Os investigadores
apuram se o negócio foi aprovado sem análise adequada e gerado ganhos
excessivos.
Parte do dinheiro das negociações foi injetado na HSM Educacional
SA., controlada por Guedes. Ela adquiriu de um grupo argentino 100% das
participações em outra empresa, a HSM do Brasil, que buscava lucro na
realização de eventos para estudantes e executivos e em palestras. A
empresa, porém, apresentou prejuízos, principalmente por causa das
remunerações dessas palestras. Na época, o economista fazia conferências
promovidas pela HSM. Os investidores tentam rastrear o dinheiro desses
eventos para saber quem os recebeu.
A apuração foi instaurada pela força-tarefa da Operação Greenfield,
que investiga pagamentos de propina em fundos de pensão. A reportagem
tenta contato com o economista.
Paulo Guedes na pauta...
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