Terra: O delegado da Polícia Federal (PF) Gastão Schefer Netto quebrou, na manhã
dessa sexta-feira (4), as caixas de som utilizadas pelos membros do
acampamento “Lula Livre”, em defesa do ex-presidente Luiz Inácio da
Silva (PF), localizado no bairro Santa Cândida, em Curitiba. Segundo
relato de petistas, que gravaram imagens da ação, ele invadiu o local
durante o “Bom dia, presidente Lula”, se infiltrou entre os
manifestantes e destruiu os equipamentos. Ninguém ficou ferido.
A Polícia Militar (PM) interviu na situação, devido à possibilidade de
briga, mas liberou o homem na sequência e informou que não chegou a
abrir boletim de ocorrência (B.O). “Os seguranças voluntários o
detiveram, mas tamanha atitude é de extrema gravidade e mostra a postura
ideológica desta instância de perseguição a Lula, que é mantido como
preso político. Exigimos uma posição imediata da Polícia Federal, quanto
à atitude de seu delegado”, afirmou o presidente do PT no Paraná,
Doutor Rosinha. Lula cumpre pena na capital paranaense desde o dia 7 de
abril.
A vigília “Lula Livre” se manifestou por meio de nota.
“Independentemente das sanções penais cabíveis pela agressão praticada
pelo delegado Gastão Schefer, a Polícia Federal tem a obrigação de tomar
as medidas disciplinares, em relação ao seu delegado que agrediu
manifestantes pacíficos. Do contrário, a instituição se tornará cúmplice
de mais este atentado. Graças à atuação dos militantes que
voluntariamente cuidam da segurança da esquina Olga Benário, Neto foi
contido sem que nada de mais grave acontecesse com sua integridade
física ou da dos presentes”, diz trecho.
De acordo com os integrantes do acampamento, a deputada federal Ana
Perugini (PT-SP) e a deputada estadual Márcia Lia (PT-SP) testemunharam
toda a ação e estiveram com a Corregedoria imediatamente após o
ocorrido. A deputada estadual Rosangela Zeidan (PT-RJ) também presenciou
o incidente. “As lideranças dos movimentos e dos partidos tomarão todas
as medidas legais cabíveis. Trata-se do segundo ataque envolvendo
agentes da Polícia Federal contra a vigília, quase um mês depois de
manifestantes terem sido agredidos com bombas de efeito moral e gás
lacrimogêneo na chegada do presidente Lula ao prédio”, completa a nota.
SOM na PAUTA.
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