G1/PB: O prefeito de Cabedelo, Leto Viana (PRP), o vice-prefeito e mais
cinco vereadores são alvos de mandados de prisão na operação Xeque-Mate,
deflagrada na manhã desta terça-feira (03) pela Polícia Federal, em
conjunto com o Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado
(Gaeco) do Ministério Público da Paraíba. A operação tem como objetivo
desarticular um esquema de corrupção na administração pública no
município localizado na região da Grande João Pessoa.
Estão sendo cumpridos 11 mandados de prisão preventivas, 15
sequestros de imóveis e 36 de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal
de Justiça da Paraíba. Além dos mandados, a Justiça decretou o
afastamento cautelar do cargo de 85 servidores públicos, incluindo o
prefeito e o vice-prefeito de Cabedelo, e o presidente da Câmara
Municipal. Segundo informações da Polícia Federal, a esposa do prefeito,
que é vereadora na cidade, também é alvo de mandado de prisão.
De acordo com a PF, ela era responsável pelos contratos fraudulentos.
O casal gastou milhões em imóveis com dinheiro desviado, e dispõe de um
estilo de vida totalmente incompatível com a renda. Equipes da Polícia
Federal também cumprem mandado na casa do empresário Roberto Santiago,
em João Pessoa.
Durante as investigações, ficou comprovado a participação das
principais autoridades públicas do município que se beneficiavam do
esquema de diversas formas, tendo registrado aumento patrimonial
espantoso, muito acima do condizente com sua renda. De acordo com a
Polícia Federal, somente na aquisição de imóveis nos últimos cinco anos,
verificou-se que um agente político envolvido movimentou mais de R$ 10
milhões à margem do sistema financeiro oficial.
Em um dos esquemas, foram detectados funcionários fantasmas da
prefeitura e da câmara municipal que recebiam salários de até R$ 20 mil e
entregavam a maior parte para as autoridades locais, ficando de fato
com valores residuais. Foram constatadas ainda doações fraudulentas de
imóveis do patrimônio público municipal, bem localizados e de alto
valor, para empresários locais sem que houvesse critérios objetivos para
a escolha do beneficiado.
PF em ação.
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