pós a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) aceitar denúncia e o tornar réu por corrupção passiva e obstrução de Justiça,
o senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou nesta terça-feira (17) diz que
provara a "absoluta legalidade e correção" dos seus atos.
Por unanimidade, os cinco ministros da turma (Marco Aurélio Mello, Luís
Roberto Barroso, Luiz Fux, Rosa Weber e Alexandre de Moraes) admitiram a
abertura de processo por corrupção e, por 4 votos a 1, por obstrução de
Justiça – neste caso, o único voto contrário foi o de Alexandre de
Moraes.
Minutos após a conclusão do julgamento,
Aécio chamou jornalistas para uma rápida declaração no Senado. O tucano
disse que recebeu a aceitação da denúncia com "absoluta tranquilidade" e
que a decisão "já era esperada".
"Agora eu terei a oportunidade que eu não tive aqui, de provar de forma
clara e definitiva a absoluta correção dos meus atos. [...] Vamos agora
à fase mais relevante de todas: provar a mais absoluta legalidade e
correção dos meus atos", disse o senador do PSDB.
Aécio foi acusado em junho do ano passado, em denúncia da Procuradoria
Geral da República, de pedir propina de R$ 2 milhões ao empresário
Joesley Batista, dono da J&F, em troca de favores políticos; e
também de tentar atrapalhar o andamento da Operação Lava Jato. Uma
conversa entre os dois foi gravada pelo empresário.
Com a aceitação da denúncia, Aécio passa a responder ao processo penal
na condição de réu e poderá contestar a acusação com novas provas. Só ao
final da ação poderá ser considerado culpado ou inocente, em julgamento
a ser realizado pela mesma turma do Supremo.
Aécio voltou a sustentar que o pedido de dinheiro a Joesley era uma
operação pessoal, na qual solicitou apoio para cobrir custos de sua
defesa nas investigações.
"Não houve dinheiro público envolvido, ninguém foi lesado nessa
operação. O que houve foi uma gravíssima ilegalidade, no momento em que
esses empresários, réus confessos de inúmeros crimes, associados a
membros do Ministério Público, o que é mais grave, tentam dar impressão
de alguma ilegalidade em toda essa operação, repito, privada, para se
verem livres dos inúmeros crimes que cometeram", defendeu o tucano.
Aécio diz que é inocente, todos são afinal.
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