Os sete ministros nomeados nos governos do PT para o Supremo Tribunal
Federal, incluindo Cármen Lúcia, estão sob pressão para conceder habeas
corpus ao ex-presidente Lula, nesta quinta-feira (22). O problema para
os ministros é encontrar razões para isso, depois de o habeas corpus ter
sido negado por juízes federais, desembargadores federais e ministros
da 5ª turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Magistrados não pagam indicação com a toga. Lula nomeou o ministro
Humberto Martins (STJ), por exemplo, que lhe negou habeas corpus.
Enquanto a Pátria distraída debatia a prisão após a condenação em segunda instância, o STF pautava o habeas corpus de Lula.
Lula nomeou Cármen Lúcia, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski para o
STF. Mas conta com os votos de Gilmar Mendes e Marco Aurélio.
No governo petista de Dilma Rousseff foram nomeados Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Barroso e Edson Fachin como ministros do STF.
O Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou a Súmula 691, em 2007, que
veda a seus ministros o exame de habeas corpus que já tenha sido negado
por relator em tribunal superior. É o caso do ex-presidente Lula, que
teve habeas corpus negado liminarmente e, no mérito, pela Quinta Turma
do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Escrita em português, a Súmula
691 não precisa ser “interpretada”, nem muito menos traduzida: “não
compete” ao STF examinar a decisão que negou o HC a Lula.
Advogado de Lula e ministro aposentado do STF, Sepúlveda Pertence
integrava a Corte – e foi favorável – à aprovação da Súmula 691.
As súmulas 716 e 717 do STF também permitem execução da pena, em casos específicos, em sentença não transitada em julgado.
Insultada pelos petistas nas redes sociais por se recusar a reabrir a
discussão da prisão após a segunda instância, a ministra Cármen Lúcia
ganhou elogios das mesmas figuras após pautar o habeas corpus.
STF não pode se apequenar, fica a dica.
Claudio Humberto.
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