O policial militar Erinaldo Ferreira de Oliveira foi preso na manhã
deste sábado (03), em ação realizada pela Força Nacional. Ele é suspeito
de chefiar uma milícia com atuação em Ceará-Mirim, município da Grande
Natal, responsável por vários assassinatos na cidade.
Naldão, como é conhecido o PM, segundo as investigações que tiveram
apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado
(Gaeco) do MPRN, assumiu a chefia da milícia após a morte do sargento PM
Jackson Sidney Botelho, em 20 de fevereiro do ano passado, em
Ceará-Mirim. De acordo com a denúncia do MPRN, após a morte do sargento,
“o que viu foi um verdadeiro e trágico banho de sangue, resultando nas
mortes brutais de 12 pessoas em pouco mais de 48 horas, fato que ganhou
grande repercussão regional, estadual e até em âmbito nacional”.
A denúncia do MPRN detalha o relatório das investigações e aponta
que, dentre os mais de 100 inquéritos policiais instaurados com o
objetivo de apurar os crimes em Ceará-Mirim, 74 possuem a mesma dinâmica
criminosa: os executores utilizam motos ou carros, balaclavas e roupas
escuras, efetuam disparos em quantidade excessiva e em especial na
região cervical da vítima, ameaçam as testemunhas presentes e fogem sem
deixar qualquer vestígio.
Ainda segundo as investigações, as informações obtidas pelo MPRN
reforçam que a organização criminosa atua na prestação de serviços de
segurança privada e ainda na “eliminação” de pessoas ditas ou por eles
consideradas como “bandidos”, promovendo aparente sensação de paz
social, “regada pelo assassinato brutal de vários homens e mulheres”.
Além das evidências e informações obtidas junto às testemunhas sobre a
atuação do grupo, a denúncia também engloba inquérito policial para
apurar as circunstâncias do assassinato de Aluísio Ferreira da Costa
Neto e a tentativa de homicídio contra Wgleiby Barbosa de Góis, fatos
ocorridos no dia 3 de agosto de 2017.
Aluísio Ferreira era um conhecido integrante do grupo criminoso,
sendo um dos supostos autores da chacina ocorrida na cidade após a morte
do sargento Jackson Botelho. A motivação do crime teria sido queima de
arquivo. Além de Erinaldo, outros cinco homens foram denunciados pelo
MPRN por envolvimento com a morte de Aluísio Ferreira.
Naldão foi denunciado pelos crimes de homicídio qualificado mediante
promessa de recompensa ou por motivo torpe, com pena 12 a 30 anos de
reclusão, podendo ser aumentada em um terço por ter sido praticada por
milícia privada; e de comércio ilegal de arma de fogo, com plena de
reclusão de 4 a 8 anos e multa.
Força Nacional de Segurança em ação RN.
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